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, 17 junho 2024
 
 

Um amigo que faz a diferença

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A sociedade evolui ao longo do tempo graças à dedicação, ao trabalho e a filosofia de vida que o seu povo adota. Na essência, no entanto é um pequeno grupo de pessoas que realmente faz a diferença e imprime o ritmo, a direção e o sentido que esta sociedade onde vivem, seguirá.
Na prática, são poucas pessoas que ao fazerem mais, ou melhor, que outros ou ainda empregarem a sua distinta capacidade técnica ou intelectual, são mais eficazes na sua contribuição com o mundo onde vivem. Deste modo, normalmente definem um marco nas suas atividades e fornecem matéria prima em forma de técnica ou produto para que outros continuem e ampliem o que elas iniciaram.
As contribuições destas pessoas, tanto no campo profissional como no pessoal normalmente são similares e permite que possamos avançar com mais rapidez, colaborando definitivamente para que todos atinjam melhores resultados individuais e coletivos. Assim evoluímos sempre.
Essa característica de contribuir sem esperar retorno imediato (até porque ele virá naturalmente) deveria ser a essência de qualquer cidadão no compromisso diário de tornar este planeta melhor para si e para os seus. O cidadão que ao se tornar probo, evidencia ainda mais a sua capacidade de se distinguir sem a necessária galhofa dos menos capazes.
Com uma trajetória profissional extraordinária, de origem simples, mas de rara capacidade técnica e social, sexta-feira ocorreu a deificação de um desses cidadãos. O engenheiro Carlos Roberto Michelini, ao lançar o livro Legitimidade da Propriedade Rural, cumpriu um dos papéis que um cidadão que faz a diferença, deve atender: emprestar e dispor o seu conhecimento para o avanço da humanidade.
Esse profissional tem me surpreendido. Quando o convidei para fazer uma pós-graduação argumentou-me de que estava há longo tempo fora da escola e de que teria muita dificuldade para acompanhar as aulas, além de ter de conciliar a vida pessoal de pai e marido com a atribulada atividade profissional.
Porém, ao contrário do que imaginava, realizou a matrícula e quando se determinou a fazer o curso, não faltou uma aula sequer. Como se não bastasse, concluiu a monografia, obteve o certificado e ainda recuperou o trabalho que se converteu no livro que lançou agora. Dessa maneira, está entre o seleto grupo de profissionais que mais do que concluir, são capazes de entregar as suas tarefas.
Sempre muito simples e humilde, mas sem ser leniente, pelo contrário, questionador e participativo, rapidamente conquistou a simpatia dos colegas e o respeito dos professores. Do mesmo modo que fez na sua vida profissional ao conquistar o respeito dos clientes e amigos, num Estado que o recebeu ainda bastante jovem, como um engenheiro recém formado.
A grande contribuição deste livro não está no conhecimento explícito reunido, compilado através de leis, decretos, normativas, projetos e processos em torno do tema. Mas principalmente no conhecimento tácito emprestado por alguém que milita na área há praticamente três décadas.
Reunindo as duas dimensões epistemológicas do conhecimento (tácito e explícito) conseguiu um resultado intricado de alcançar em qualquer publicação: mesclar a razão científica com a experiência profissional adquirida ao longo dos anos de trabalho.
Cumpriu, despretensiosa e exemplarmente, o difícil papel de estabelecer a relação sistêmica entre formações e atividades que na sua essência são bastante distintas, como engenheiros, advogados, contadores, administradores, corretores, produtores rurais e técnicos. Principalmente em torno de um tema que é, a priori, eminentemente técnico.
Além de emprestar experiência no conteúdo do livro, também foi ela um dos principais motivadores para a sua consecução. A perceptível falta de conhecimento dos seus clientes (a maioria produtores rurais e investidores), além de colegas e alguns agentes públicos, em torno do tema, da sua complexidade e principalmente do seu modus operandis, foram decisivos para que a idéia surgisse e fosse levada adiante.
Embora já tenha sido legitimado pela Assembléia Legislativa como Cidadão Matogrossense por sua trajetória profissional, ofereceu ele próprio, um certificado do seu trabalho e da sua contribuição para o Estado: um livro que é útil para todos que se identificam com o agronegócio.
Dedico esta coluna ao Engenheiro que sem ser escritor, escreveu um livro e sem ser professor, ensina muito para muita gente. Definitivamente um cidadão que faz a diferença.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É diretor de relações com o Mercado do IBG, professor e palestrante – [email protected]

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1 COMENTÁRIO

  1. Prezado Eleri. Parabéns pela matéria. Aliás como sempre, pontuando com precisão em todos os temas por onde navegas. E hoje não poderia ser diferente ao prestar homenagem ao ilustre engenheiro Carlos R. Michelini. Sábias palavras e que o define com perfeição. Parabens Carlos R. Michelini. Iniciei a leitura e confesso, pela didática, eloquência e conteúdo preguei os olhos, e posso dizer que o Dr. Roberto Rodrigues foi muito feliz com suas sábias palávras ao fazer a apresentação. Recomendo-o a todos.

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