Um grito de alerta

Excelentíssimo governador do Estado do Mato Grosso, senhor Blairo Maggi. Cumprimentando-o fraternalmente. Inicialmente, na condição de cidadão brasileiro, rondonopolitano, nascido no estado do Paraná, manifesto meu respeito e minha admiração por Vossa Excelência, especialmente pelas incansáveis declarações de amor ao nosso querido estado de Mato Grosso, como também à nossa cidade de Rondonópolis. Compartilho integralmente desse sentimento patriótico que, sob vossa liderança, tão bem expressa e encarna os sonhos e as esperanças da população rondonopolitana. E, é por essa razão – e também por acreditar que é possível construir um futuro melhor para as gerações vindouras – que ouso escrever estas linhas.
Tenho 34 anos de idade e, como despachante no Estado, ocupo o cargo de colaborador ou mesmo parceiro do DETRAN-MT, com pouco mais de 6 anos de convívio na Ciretran. Sou um dos quase 21 despachantes desta cidade.
Venho esclarecer ao senhor e à população do nosso Estado a razão desta atitude e os verdadeiros valores da anunciada “insubordinação”. Faço isso do fundo do meu coração, desprovido de qualquer tipo de ideologia ou de interesse de natureza político-partidária.
Ao longo da minha trajetória profissional, sempre procurei pautar minha conduta dentro dos princípios de minha criação e da disciplina, com lealdade, ética e responsabilidade. Nunca fui punido e sempre busquei, a despeito de todas as dificuldades e adversidades, desenvolver técnicas e práticas que pudessem subsidiar o desenvolvimento e objetivando a melhoria da qualidade de vida dos despachantes e dos serviços prestados à população do nosso Estado.
Mostro meu desapontamento por servidores públicos. Ao ver que ainda estamos em um estado que é movido por interesses políticos, partidários e cargos de confiança, os quais são usados por prevaricadores e pessoas que são má intencionadas.
Peço, sem medo de errar, que avalie a situação de nossa Ciretran em Rondonópolis. Em um todo, seu corpo administrativo e seus colaboradores, diretos e indiretamente, acredito que existem situações que deverão ser revisadas pelo Estado, pois pode manchar o excelente trabalho deste governo que presa por transparência e honestidade.
Apurando com todo e todos os fatos, que a justiça seja feita e que não possa ser manipulada por nenhuma força que não seja a da clareza e da transparência. Peço também que se apure junto ao Conselho de Ética, Ouvidoria e Corregedoria deste órgão os acontecimentos e fatos que vêm sendo encobertos.
Peço que deixem a Justiça deste estado agir com clareza nos fatos e conhecimentos acontecidos na 2ª Ciretran em Rondonópolis. Não deixe que influências políticas sobreponha a consciência dos políticos deste Estado, o qual eu tanto amo e escolhi para viver e criar meus filhos e aqui trabalhar e prosperar assim como Vossa Excelência.
A Constituição Federal assegura, aos litigantes em geral, tanto na esfera judicial, quanto administrativa, o direito à defesa com os meios a ela inerentes. Ao falar no princípio da ampla defesa, na verdade,  está se falando dos meios para isso necessários. O processo administrativo não foge à regra. O julgador sempre deve buscar da verdade dos fatos e não pode ser influenciado.
Respeitosamente, venho até esta redação do jornal A TRIBUNA pedir que publique esta carta pública para que possa se abrir os olhos para os fatos obscuros deste rico Estado, pois a mancha pode se espalhar.
(*) Jurandir de Oliveira Machado é despachante em Rondonópolis