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Minha empresa dentro da sua loja

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Os momentos de crise ou desarranjo econômico freqüentemente produzem novas estratégias, muitas capazes de alterar ou mesmo criar novos modelos de negócios.
É óbvio que não é uma característica somente dos momentos difíceis e o modelo a ser discutido aqui já vem sendo desenvolvido naturalmente por muitas empresas, na sempre necessária inovação estratégica.
A evolução natural com que as margens de lucro tem se apresentado na maioria dos negócios (queda livre) tem obrigado boa parte dos empresários a buscar novas alternativas para reduzir os custos operacionais e também os de investimento. A estratégia mais comum tem sido a economia de escopo, muito conhecida dos economistas.
Na prática, a economia de escopo se revela quando uma determinada empresa ou operação é mais eficaz com duas atividades ou mais, ao mesmo tempo, ao invés de fazê-la isoladamente. Os postos de combustíveis com lojas de conveniência de primeira linha são só um exemplo disso. Ambos se beneficiam potencialmente da relação de clientes que no final acabam se complementando.
Contudo, o que tem surgido com maior freqüência são empresas ocupando espaços dentro de outras empresas o que em alguns setores está alterando inclusive o modelo de se fazer negócio.
Um bom exemplo disso são os supermercados ou hipermercados, que têm alugado espaços cada vez mais generosos em suas dependências para lojas ou atividades que na prática muitas vezes não fazem parte do seu core business.
Quando entramos nos supermercados percebemos que também serão encontradas farmácias, relojoarias, perfumarias e outros comércios que antes impensados, agora promovem o bem estar do cliente e também colaboram para a sinergia nos negócios.
Segundo especialistas do setor, há quem diga que os supermercados do futuro serão como grandes shopping centers, onde na verdade teríamos um espaço generoso proporcionado por uma determinada empresa, onde tudo que é exposto é de responsabilidade dos fornecedores. Na prática, a gestão do ambiente e do negócio é do supermercado, mas os custos de locação, stands, promoters e demais desembolsos operacionais ficariam todos por conta dos próprios fornecedores. Como se fosse um grande condomínio onde as empresas seriam convidadas a vender mediante o pagamento de uma taxa de gestão.
A ideia da cooperação está cada vez mais presente nos negócios contemporâneos. Implantada como aliança estratégica, joint venture ou economia cooperativa, tem sido capaz de dar gás adicional a muitos negócios ou mesmo oportunizado agilidade e flexibilidade para as empresas e consumidores. Um legítimo ganha-ganha.
Essa prática pode ser observada nos casos das empresas de energia elétrica, telefonia fixa e móvel, além do sistema de pagamentos de faturas, dentre outros muitos exemplos físicos. Se analisarmos também os negócios virtuais, a prática é ainda mais freqüente.
A distribuidora de energia elétrica do Rio Grande do Sul (AES), por exemplo, tem realizado parcerias com diferentes empresas do varejo, principalmente em cidades de pequeno porte. Ao invés de construir uma loja com escritório, monta quiosques (pontos comerciais) e treina os funcionários dessas empresas para que possam atender os clientes com um nível satisfatório de qualidade.
Dessa maneira, reduz o investimento inicial em 95% ao passo que o custo operacional cai pela metade. Do outro lado, o varejista ganha duplamente, primeiro ao alugar um espaço normalmente ocioso e segundo ao criar sinergia entre o seu negócio e o negócio da empresa aliada.
Boa semana de Gestão & Negócios.

Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É Mestre em Agronegócios, Diretor de Relações com o Mercado do IBG – Instituto Business Group, Consultor, Workshopper Empresarial, palestrante e professor de pós-graduação – [email protected].

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