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Como cuidar do diabetes gestacional?

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Diabetes gestacional tem tratamento diferenciado e precisa de bom acompanhamento para reduzir os riscos para a mãe durante e após a gestação e também para o bebê. Leia as informações do endocrinologista Carlos Antônio Negrato, diretor do Departamento de Diabetes Gestacional da Sociedade Brasileira de Diabetes, conforme segue abaixo:
“O tratamento inicial do diabetes mellitus gestacional (DMG) consiste em orientação alimentar visando atingir peso e controle metabólico adequados. O cálculo do valor calórico total da dieta pode ser feito de acordo com o índice de massa corporal (IMC) da paciente para permitir ganho de peso em torno de 300 a 400 g por semana, a partir do segundo trimestre de gravidez. Pode-se fazer uso de adoçantes artificiais com moderação.
A prática de atividade física deve fazer parte do tratamento do DMG, respeitando-se as contra-indicações obstétricas que porventura existam.
É importante realizar controle glicêmico com uma glicemia de jejum e duas pós-prandiais semanais – ou seja, duas horas após a refeição -, quando não for possível monitorização domiciliar. Podendo ser feita em casa, a monitoração recomendada é de quatro a sete vezes por dia, antes e uma hora após as refeições, especialmente nas gestantes que usam insulina. Se após duas semanas de dieta os níveis glicêmicos permanecerem elevados – jejum igual ou superior a 95 mg/dl; uma hora pós-refeição igual ou superior a 140 mg/dl ou duas horas pós-refeição igual ou maior que 120 mg/dl -, deve-se iniciar tratamento com medicamentos. Em geral, o indicado é a insulinoterapia, porque existe uma polêmica muito grande quanto à segurança do uso dos antidiabéticos orais na gestação.
O DMG está associado a uma trilogia de riscos: sérias complicações durante a gravidez e o parto (com aumento da morbidade e mortalidade perinatal, ou seja, imediatamente antes ou logo após o parto), risco de essa mulher desenvolver diabetes tipo 2 no futuro e chance de a criança apresentar obesidade e diabetes na idade adulta.
As complicações obstétricas e perinatais incluem: maior risco de ruptura prematura de membranas, parto antes do tempo, feto muito grande e pré-eclampsia. Adicionalmente, o DMG aumenta a morbidade neonatal, expondo os recém-nascidos a maiores riscos de síndrome de angústia respiratória, anomalias cardíacas, icterícia, hipoglicemia, macrossomia (fetos com mais de 4 kg) e até morte fetal, entre outras.
O risco de que a gestante com DMG permaneça diabética após o parto é maior naquelas que tiveram o diagnóstico de diabetes feito mais precocemente durante a gravidez, ou seja antes da 24ª. semana de gestação, e que necessitaram fazer uso de insulina. A cada gravidez subsequente aumenta de 13% a 15% a chance de recorrência do DMG. As pacientes que apresentam DMG em uma gestação têm alto risco de virem a desenvolver diabetes mellitus no futuro, principalmente do tipo 2. Também o risco de ocorrência de síndrome metabólica nessas pacientes é três vezes maior que na população geral. Seus filhos têm cerca de oito vezes mais riscos de virem a apresentar diabetes ou pré-diabetes na faixa etária dos 19-27 anos de idade. Portanto, o DMG é parte de um círculo vicioso que aumenta os riscos de diabetes nas gerações futuras.”
Fonte:www.diabetesnoscuidamos.com.br

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