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, 18 maio 2024
 
 

O perigo da diabete gestacional

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Evitar a diabete durante a gravidez é um ato de amor. E não é de amor-próprio, mas sim para com o próprio filho. Bebês nascidos de mães que desenvolvem a doença durante a gestação correm um risco até cinco vezes maior de apresentar a diabete na vida adulta, segundo o diretor-geral da Fundação Mundial de Diabetes (WDF), Anil Kapur. “Certamente esses bebês serão adultos obesos e, consequentemente, mais propensos a desenvolver a diabete”, garante. Ele foi um dos especialistas que participaram da Conferência Latino-americana de Diabetes, promovida pela World Diabetes Foundation em julho, em Salvador.
Gestantes constituem um dos principais grupos de risco para a diabete. A incidência da doença, que é de 5,2% entre os adultos brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde, sobe para 7% entre a população de grávidas do País, estatística do Grupo Brasileiro de Diabete Gestacional. Os médicos, agora, procuram uma forma de mostrar às mamães o quanto uma glicemia descontrolada pode ser prejudicial para o feto.
Entre as grávidas, a diabete costuma aparecer durante a 28ª semana de gestação, explica a endocrinologista Maria Inês Schimidt, pós-doutora em epidemiologia pela University of North Carolina, nos Estados Unidos, coordenadora do Centro Colaborativo para a Supervisão do Diabete, Doenças Cardiovasculares e Outras Doenças Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “É uma situação que coloca em risco a vida de mãe e filho”, afirma.
Foi Maria Inês quem coordenou, na década de 1990, o mais completo mapeamento da diabete gestacional no País, que teve a participação de 3 mil grávidas. “É importante ressaltar que a diabete gestacional é aquela que se manifesta durante a gravidez e some subitamente após o parto. Só não há como saber se a doença já existia e apenas se manifestou ou se surgiu na gravidez”, declara a médica. Segundo ela, o quadro também aumenta os riscos de parto prematuro.
Diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e doutora em endocrinologia pela Escola Paulista de Medicina, Adriana Forti diz que metade das mulheres com diabete gestacional volta a apresentar a doença até cinco anos após o parto. “A descoberta reforça a urgência de as mulheres continuarem se cuidando depois do nascimento do filho. O problema maior é que a diabete, quando volta, pode se tornar crônica”, explica.
FATORES DE RISCO
De acordo com o médico Bruce Duncan, pós-doutor em epidemiologia pela University of North Carolina (EUA) e professor da UFRGS, durante a gravidez vários hormônios sofrem alterações, inclusive a insulina, que controla as taxas de glicose no sangue. Os riscos aumentam para as mulheres acima de 35 anos e com histórico familiar da doença. Soma-se a isso, ainda, o excesso de peso, também comum na gravidez.
“É um mito achar que toda gestante tem de engordar muito. Há um limite e deve ter acompanhamento médico”, diz Duncan. Uma mulher de peso normal, por exemplo, deve ganhar entre 11kg e 16 kg, segundo os especialistas. “O estilo de vida moderno, que induz ao sedentarismo e à má alimentação, também colabora para o crescimento da doença”, conclui.

Fonte: Agência Estado

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