As gengivas são formadas por tecidos macios e envolvem a parte inferior dos dentes (chamada raiz dental). Cuidar das gengivas é tão importante quanto cuidar dos dentes.
A gengivite é uma infecção das gengivas. É causada pela placa bacteriana, uma película aderente que se acumula sobre a superfície dos dentes e das gengivas, e que produz ácidos e toxinas que podem fazer com que as gengivas sangrem, inchem ou se avermelham.
Com o decorrer do tempo, a gengivite pode fazer com que as gengivas se retraiam, separando-se dos dentes, e que sejam formadas bolsas entre ambos. Essas bolsas podem se transformar em depósitos de germes, que podem debilitar o tecido ósseo no entorno do dente.
A gengivite é comum. Muitas pessoas têm alguma forma insipiente de enfermidade que podem ser tratadas com uma boa higiene bucal. Entretanto, se a gengivite for ignorada, pode debilitar o tecido ósseo ao redor dos dentes e fazer com que estes se afrouxem e, com o tempo caiam.
Muitas pessoas não sabem que tem gengivite. Por isso é importante realizar visitas periódicas ao dentista para fazer limpezas e controles.
Existem alguns sinais precoces da gengivite, sendo eles:
i) Gengivas avermelhadas ou inchadas que sangram ao escovar os dentes ou passar fio dental;
ii) Dor ou hipersensibilidade dental;
iii) Mau hálito persistente;
iv) Dentes adultos frouxos ou com espaços entre eles, mudanças na forma em que os dentes se acomodam ao fechar a boca.
Para prevenir a gengivite, é importante escovar os dentes e as gengivas. Limpar os espaços entre os dentes com fio dental. Necessário ainda, ter atenção especial na higienização dos molares (dentes do fundo) uma vez que, são mais prováveis de terem maior acúmulo de placa bacteriana, pois são difíceis de serem alcançados na limpeza.
Ainda neste sentido, é relevante trocar as escovas de dente a cada três meses, pois as cerdas desgastadas eliminam menos placa bacteriana dos dentes, caso suas gengivas estiverem sangrando, não deixe de escovar os dentes, nem mesmo de passar o fio dental. A fim de auxiliar a redução do sangramento, devem ser utilizadas escovas de cerdas suaves, para não ferir ainda mais as gengivas. Se ainda assim o sangramento persistir, procure o auxílio de um profissional dentista.
Além disso, é preciso que o cirurgião dentista seja informado nos casos de gravidez ou de diabetes, já que é mais difícil para o organismo combater a gengivite nestas circunstancias.
Por fim, o autoexame é simples e pode ajudar na prevenção. Diante disso, verifique com frequência se há mudanças na cor ou na textura das gengivas. Caso note alguma alteração, consulte um cirurgião dentista.
Mariana C. de Lara Ferro, cirurgiã dentista, CRO 6508
Rua João Pessoa, 616, no Hospital São Marcos, no Centro. Telefone (66) 9959-4748.
