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, 27 maio 2024
 
 

Pré-diabetes sempre vira diabetes?

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Nem todo mundo que é diagnosticado com pré-diabetes fica diabético. Estudos internacionais têm mostrado que mudanças no estilo de vida, com perda de peso, alimentação saudável e prática de atividades físicas estão conseguindo preservar a função do pâncreas e evitar ou retardar a evolução para o diabetes. O essencial, defende o professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Antônio Carlos Lerário, é ter acompanhamento profissional para manter a programação saudável.

Starbem – O que caracteriza o pré-diabetes?

Antônio Carlos Lerário – O diabetes tipo 2, que acomete principalmente indivíduos maduros, acima dos 40 a 50 anos, tem característica progressiva: o pâncreas vai perdendo gradativamente a capacidade de produzir insulina. Estima-se que, ao ser diagnosticada, a pessoa já perdeu cerca de 50% da capacidade de produção de insulina pelo pâncreas.

Define-se que alguém tem diabetes quando sua glicemia de jejum apresenta nível superior a 126 mg/dL. A partir de 100 mg/dL, a classificação é de pré-diabetes. Sem tratamento, a tendência é que o pré-diabético evolua gradativamente para o diabetes.

Starbem – O pré-diabetes sempre evolui para diabetes?

Antônio Carlos Lerário – Alguns grandes estudos científicos internacionais vêm demonstrando que é possível retardar – ou até evitar – essa evolução. O estudo norte-americano Diabetes Prevention Programme, por exemplo, acompanhou 4 mil indivíduos e chegou a essa conclusão. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro apenas instruído sobre a necessidade de mudança de vida. O segundo grupo foi acompanhado por profissionais de saúde durante 10 anos, período em que recebeu apoio psicológico, nutricional e médico. Esse grupo teve 60% menos casos de pré-diabéticos que se tornaram diabéticos do que aquele que não teve acompanhamento. É possível até que eles não venham a desenvolver a doença no futuro, mas precisamos de mais tempo para chegar a essa conclusão.
Starbem – O que é possível fazer para evitar essa evolução?

Antônio Carlos Lerário – O que essa e outras análises mostram é que para evitar ou retardar o surgimento da doença o pré-diabético precisa do acompanhamento profissional, porque a tendência é que, sozinho, ele não adote ou não mantenha as mudanças de estilo de vida necessárias e que são até mais importantes para se evitar diabetes do que o uso de medicamentos isoladamente.

Fonte: www.starbem.com.br

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