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, 17 maio 2024
 
 

Cérebro, coração e execução

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Eleri _U

As imagens sempre tem um apelo inicial muito forte. Elas possuem apelo sensitivo destacado sobre as pessoas, por isso sempre que desejamos comunicar algo devem fazer parte do conjunto de ferramentas. Os que possuem forte preferência visual, por exemplo, adoram.
O marketing é uma das áreas da gestão que tem logrado êxito ao explorar essa característica intensamente, mas há espaço a ser explorado em muitas outras. Somado ao aspecto visual está outra, o sentimento, que possui semelhante importância na execução das ações que são desejadas para melhorar a competitividade.
A última edição de uma revista de negócios de circulação mundial traz na capa uma expressão composta de três palavras (pense – sinta – faça) que remete a essa necessária relação entre os insights, o sentimento em relação ao que se pensa e por consequência, a execução ou não do que foi pensado. As imagens de uma lâmpada, um coração e uma seta foram o que primeiro me chamaram a atenção.
A importância e a lógica da relação entre as três palavras no campo da decisão são encontradas em diversas situações, não somente no marketing. Muitas vezes pensamos em algo que pudesse ser uma excelente ideia de negócio inclusive, mas não condiz com nossa filosofia e não nos parece bacana ao coração e por isso decidimos não agir.
O contrário também ocorre, quando uma ideia, às vezes nem tão maravilhosa assim, mas ao estar perfeitamente alinhada com as nossas crenças e valores, nos faz agir com dedicação acima da média, afinco e persistência, o que frequentemente transforma uma ideia simples numa grande oportunidade.
Tanto na vida pessoal como nos negócios essa lógica ocorre com muita frequência. Sentimentos, valores e percepções de bem ou mal estar ditam as regras do que e como colocamos as coisas em prática.
As oportunidades surgem diariamente, mas é nossa experiência de vida que acaba ditando aquilo que nos atrai pela emoção ou pela razão. A nossa experiência e nossa formação moral e técnica dão o tom do que nos cai bem ao peito e desse modo emprestamos mais ou menos energia para a execução.
Para algo que nos é muito caro, consciente ou inconscientemente, colocamos mais ritmo e mais dedicação na possibilidade de que possamos lograr êxito na sua consecução. Isso nos parece fazer bem.
De outro lado, mesmo que muitas vezes seja uma grande ideia do ponto de vista da razão, quando não condiz com nossa fé moral, espiritual ou mesmo técnica, não temos a mesma animação para nos empenhar a executá-la.
Se analisarmos a etimologia do termo ‘coragem’ e a sua essência percebemos que ela ‘vem do coração’, como uma natural explicação daquilo que dedicamos tempo com esmero, porque está de acordo com o que amamos e acreditamos, ou relegamos a segundo plano, o que não nos parece apetecer sentimentalmente.
É possível perceber isso inclusive em questões simples do dia-dia quando, por exemplo, temos um conjunto amplo de tarefas para executar, naturalmente selecionamos e damos prioridade para aquelas que nos dão maior prazer ou que condizem com nossas crenças e valores, quando não as duas coisas.
Por isso, as ideias devem, em análise simples, também passar pelo crivo do coração antes de colocarmos elas em prática. Esse modelo oferece tranquilidade e confiança na execução. Isso não quer dizer que apenas estas serão executadas, mas possuem um forte indício de possível dedicação.
Mesmo que, muitas vezes, num primeiro momento não pareça uma boa oportunidade, a razão pode indicar caminho contrário. Em qualquer caso, o que pode garantir o sucesso é quando prevalece o equilíbrio entre razão e emoção.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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