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O perfil profissional depois de Copenhague

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A Dinamarca tem sido um país em observação permanente desde que Copenhague, sua capital, foi definida para a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Há muita expectativa em torno dos desdobramentos do COP-15 como é chamado o encontro, realizado em dezembro, e tem como grande compromisso transformar em ações, propostas que antes eram mantidas no campo das ideias.
A população mundial não para de crescer e só deverá estabilizar depois de meados deste século. Na esteira dos encaminhamentos oriundos de Copenhague sobre os desafios de tornar a terra habitável por mais tempo, teremos, além da implantação de estratégias com propósitos de reduzir ou estagnar o aquecimento global, um novo modelo de desenvolvimento que deverá emergir deste e de outros debates e acordos paralelos, devendo afetar de forma contundente o padrão de trabalho e o próprio perfil do profissional do agronegócio.
A relação entre agricultura e o desenvolvimento da humanidade sempre foi muito estreita. Data da origem da civilização moderna e perdura na atualidade com a ampliação do processo sistêmico agregado e fortemente integrado dos agentes que compõem o agronegócio moderno nos mais variados setores. Essa forte relação pode justificar e é capaz de permitir esperança consistente de recuperação mesmo num planeta com sinais claros de superlotação e de fadiga. Faltam as representações sócio-políticas fazerem a sua parte.
O perfil do profissional do agronegócio desse novo tempo, associado às mudanças estruturais do planeta e dos cenários competitivos, numa dicotomia entre competitividade e sustentabilidade, deve sofrer alterações de grande significado, muitas delas já em curso.
Um novo ponto de inflexão no perfil das oportunidades de trabalho deve surgir, num setor econômico que, para o país, tem relevância econômica, social e ambiental e tem desempenhado o papel de contribuir decisivamente para a estabilidade econômica.
No ambiente planetário, que está sendo discutido em Copenhague, o país, de um lado possui responsabilidades significativas sobre as emissões dos gases do efeito estufa e de outro assume papel preponderante na oferta de alimentos para uma população mundial que cresce e se alimenta cada vez mais. Desse modo, os profissionais do agronegócio possuem um desafio duplo: produzir mais, poluindo menos.
É cada vez mais premente que os postulantes a posições em empresas do setor tenham grande capacidade de aprendizagem, pro-atividade, com decisiva participação no cotidiano da empresa, onde a iniciativa e a flexibilidade devem ser alguns dos destaques. Em segundo plano, desde que estes profissionais possuam uma base relevante, vêm as questões técnicas que podem ser ensinados pelas empresas através dos seus departamentos de recursos humanos e de desenvolvimento organizacional.
Neste panorama que se avizinha, é crescente a demanda por profissionais do agronegócio com competências em pelo menos uma das três grandes áreas: a primeira vinculada à engenharia genética, biotecnologia e os sistemas de informação inteligente, outra aos processos estratégicos e de gestão e uma terceira, focada na execução e implantação, difusão e desenvolvimento operacional, fortemente vinculada aos dois primeiros.
Boa Semana de Gestão & Negócios.
(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É Diretor de Relações com o Mercado do IBG – Instituto Business Group, professor e palestrante – [email protected]

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