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Rondonópolis
, 29 maio 2024
 
 

Carretas na Frei Servácio ameaçam recapeamento

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O fluxo de carretas de noite e nos finais de semana pode colocar todo o trabalho a perder em pouco tempo, pois a Frei Servácio não foi projetada para receber esse tipo de tráfego pesado
O fluxo de carretas de noite e nos finais de semana pode colocar todo o trabalho a perder em pouco tempo, pois a Frei Servácio não foi projetada para receber esse tipo de tráfego pesado
Os serviços na via já estão bem adiantados e vão melhorar bastante o aspecto da via e as suas condições de trafegabilidade
Os serviços na via já estão bem adiantados e vão melhorar bastante o aspecto da via e as suas condições de trafegabilidade

A Avenida Frei Servácio, uma das vias mais movimentadas de Rondonópolis e que faz a ligação da região da Vila Operária com o Centro, começou há alguns dias a receber a obra de recapeamento asfáltico que a Prefeitura vem fazendo na região central. Os serviços já estão bem adiantados e vai melhorar bastante o aspecto da via e as suas condições de trafegabilidade. Contudo, um velho problema, o fluxo de carretas à noite e nos finais de semana, pode colocar todo o trabalho a perder em pouco tempo, pois a Frei Servácio não foi projetada para receber esse tipo de tráfego pesado, o que pode destruir precocemente o seu novo pavimento.
O trânsito das ditas carretas pelo centro da cidade é proibido por lei, mas a ausência de fiscalização faz com que motoristas que queiram cortar caminho ou fugir da buraqueira do Anel Viário prefiram passar pelo Centro da cidade, normalmente entrando pela Avenida Bandeirantes, subindo pela Rua Aeroporto, na região do Cascalhinho, para dali pegarem a Avenida Frei Servácio, por onde é possível acessar as BRs que vão para Cuiabá, Campo Grande ou outra destinação.
Nessa prática proibida, os motoristas procuram atravessar a cidade principalmente no período da noite ou nos fins de semana, na certeza de que não encontrarão nenhuma fiscalização pelo caminho. A situação já foi levada várias vezes ao conhecimento da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), que alega falta de fiscais de trânsito, os amarelinhos, para realizar a fiscalização. Contudo, uma nova medida para coibir essa prática pode ser usada pelo poder público.
Como o prefeito José Carlos do Pátio (SD) renovou recentemente um convênio firmado entre o Gabinete Municipal de Apoio à Segurança Pública (Gasp) com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a sugestão que se faz nesse momento é que as fiscalizações possam ser feitas com o auxílio da Polícia Militar (PM) ou até exclusivamente pelos mesmos, a partir de ações coordenadas pelo referido Gasp.
Enquanto o poder público municipal não age, a população continua assistindo às grandes carretas adentrando a cidade e colocando em risco os demais motoristas, pois os enormes veículos não são apropriados para rodarem pelas áreas centrais das cidades, devido ao seu tamanho e peso, além de colocarem a perder o trabalho feito pela Prefeitura, que está recuperando as principais ruas e avenidas do município. O não impedimento dos veículos pesados pela Frei Servário, portanto, será desperdício de dinheiro público.
Para esse trânsito pesado, ou para desviá-lo do Centro da cidade, é que foi construído o Anel Viário, que está em condições deploráveis, tomado por buracos e abandonado pelo Governo do Estado, que já informou que somente deverá realizar obras paliativas no local após o término do período chuvoso. Mas, ao desviar o seu tráfego para dentro da cidade, os motoristas das carretas estão deixando de lado o seu problema e gerando outro para o Município, já que o caro serviço de recapeamento das ruas não é feito para aguentar o tráfego de veículos pesados.
OPINIÃO TÉCNICA
Segundo o engenheiro civil Francisco Marino Fernandes, da Construtora Amil, que é a responsável pela execução da obra de recapeamento na Frei Servácio e em outros pontos centrais da cidade, o tráfego de veículos pesados, especificamente de carretas, pode comprometer não só todo o serviço de recapeamento que está sendo feito na via, mas também a sua base e sub-base, camadas de terra que ficam abaixo da camada de asfalto, que não são preparados para esse tipo de tráfego. “O asfalto e tudo que está embaixo dele não foram preparados para isso. Mesmo que fizéssemos uma camada de vinte centímetros de concreto ali, isso não resolveria, pois o que está embaixo não foi preparado para suportar esse peso todo”, informou.
Outro fator apontado pelo engenheiro como extremamente prejudicial para o asfalto é o efeito da torção que ocorre quando uma carreta carregada faz alguma curva sobre a pista, deslocando lateralmente seu peso, o que provoca a deformação do dito asfalto. “Quando isso ocorre, o asfalto, que é um tanto flexível, caso contrário não aguenta, se desloca do seu lugar e depois volta um pouco para o lado, mas deforma a pista, que não é feita para suportar esse peso lateral. A consequência disso são deformações na pista e diminuição da vida útil do asfalto”, concluiu.

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