A greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) entra hoje no seu 4º dia, sem nenhum tipo de proposta feita pelo Governo do Estado ao Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT). O atendimento no órgão segue de forma parcial na grande maioria das unidades do Estado, já que a adesão não foi completa por parte dos trabalhadores.
No caso de Rondonópolis, os serviços na 2ª Ciretran, na Avenida dos Estudantes, seguem acontecendo. Já o posto de atendimento na Câmara Municipal de Vereadores e o serviço de vistoria na Vila Goulart estão parados. Os servidores reivindicam a atualização da tabela salarial da categoria que, segundo eles, não é reajustada há seis anos. As negociações para esse reajuste tiveram início há oito meses, mas sem acordo, a greve foi deflagrada na última segunda-feira (11).
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que irá determinar o corte de ponto dos servidores que participam do movimento grevista. “Não negociamos com servidores em greve. Vamos determinar o corte de ponto se a greve for declarada ilegal. O servidor público é muito importante para a administração pública. Agora, não pode fazer chantagem para que nós, nesse momento de crise, possamos aumentar salários”, disse Taques.
O Governo do Estado afirma que, por conta da crise financeira, não tem condições de conceder aumento. Ele afirmou ainda que o movimento é “político”, já que os servidores estão às vésperas de decidir o novo comando do Sindicato dos Servidores que representa a categoria.
“A eleição para o sindicato do Detran é dia 26 agora. Essa greve é política. Aliás, essa é a quarta greve do Detran, eles já ficaram na nossa administração 72 dias em greve. De fato os servidores do Detran, na administração passada, ficaram sem os aumentos devidos, mas isso está sendo negociado com os servidores. Não permitiremos que o cidadão sofra prejuízo e não negociaremos com servidores em greve”, reiterou o governador.
