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Rondonópolis
 
 

Um pioneiro na luta sindical dos educadores

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Serie Pioneiros bannerA série de reportagens especiais do A TRIBUNA, com os pioneiros de Rondonópolis, apresenta nesta edição a história de Antônio Fernandes de Moraes, de 67 anos, mais conhecido como Professor Fernandes. Natural de Santo Antônio do Leverger, ele chegou a cidade em 1973, e participou das mudanças na telecomunicação local, da criação da Uramb e da subsede do Sintep.


Foto: Deivid Rodrigues
Foto: Deivid Rodrigues
Professor Fernandes foi pioneiro na luta sindical dos educadores da cidade - Foto: Deivid Rodrigues
Professor Fernandes foi pioneiro na luta sindical dos educadores da cidade – Foto: Deivid Rodrigues

Trabalhando como padeiro em Cuiabá, Antônio Fernandes de Moraes, hoje com 67 anos, natural de Santo Antônio do Leverger, decidiu que queria melhorar de vida e apostou nos estudos para isso. Fez cursos, prestou concurso e passou.
Veio sozinho para Rondonópolis no dia 20 de janeiro de 1973, para trabalhar no Departamento de Telecomunicação do Estado de Mato Grosso e morar na cidade que estava em crescimento, impulsionada pelo agronegócio. “O Departamento ficava em um casarão, onde também funcionava a Delegacia, onde hoje existe a agência dos Correios da Praça Brasil. O quadrilátero central era todo de paralelepípedo, não havia rede de esgoto e somente algumas galerias de águas pluviais no Centro. Muitos esgotos foram ligados nestas galerias, problema que até hoje existe”, recorda o pioneiro.
Com relação a comunicação, o Professor Fernandes lembra que quando começou a atuar na área, não havia interurbano e tudo era feito via rádio. “Os órgãos públicos utilizavam rádios, depois começamos com o interurbano, o primeiro celular que  era um ‘tijolão’, chegamos ao fim dos telegramas dos Correios… Acompanhei toda a mudança na forma de comunicar. O crescimento da cidade nesse sentido não ficou atrás de nenhuma outra de estados considerados mais desenvolvidos, Rondonópolis evoluiu bem”, afirma.

Em um dos Congressos de Educação que participou ao longo de 25 anos de Sintep - Foto: Arquivo Pessoal
Em um dos Congressos de Educação que participou ao longo de 25 anos de Sintep – Foto: Arquivo Pessoal
Aos 67 anos, disputa provas de corrida e já coleciona medalhas - Foto: Arquivo Pessoal
Aos 67 anos, disputa provas de corrida e já coleciona medalhas – Foto: Arquivo Pessoal

A carreira na área da educação começou devido ao gosto pelo esporte. O pioneiro explica que trabalhava com comunicação, mas gostava do esporte, treinando time de futebol e participando da criação de ligas esportivas.
“Na época, quase não tinha professor formado, e eu muito curioso, fazia cursos por conta própria, então fui chamado pra dar aulas. Eu iniciei na carreira de professor no dia 15 de abril de 1974. Depois, intensifiquei meus estudos, fiz faculdade, pós-graduação, dois concursos e passei nos dois”, conta o professor Fernandes.
Na rede estadual, lecionou na Escola Marechal Dutra, trabalhou na Assessoria Pedagógica, na Escola Ramiro e na Escola Renilda por 30 anos, unidade em que se aposentou.
Também na educação, o pioneiro participou da criação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), e também foi diretor da entidade a nível estadual por 11 anos.
Participou das grandes conquistas dos trabalhadores da educação, mas lembra também de um período de 15 anos em que praticamente nada foi conquistado, devido a interferência política. “Hoje está revigorado e vai muito bem, mesmo com este governo retrógrado, que não se importa com a educação”, disse.
O professor Fernandes deixou a diretoria estadual em 2000, e em 2003 encerrou suas atividades na subsede de Rondonópolis, para cuidar da família. Além da atuação nas telecomunicações e na educação, o professor também é sócio fundador da União Rondonopolitana das Associações de Moradores de Bairros (Uramb), participou da criação da Associação de Moradores da Coophalis, da comunidade São Cristóvão, dentre outros.
No âmbito pessoal, é casado desde 1974 com Luzia França de Moraes. “Nos conhecemos em 1973 e, coincidentemente, ela tinha Morais no sobrenome, ela me esperava já com o Moraes”, brinca. Com 43 anos de união, juntos tiveram uma filha e três netos.

Como sindicalista, concedendo entrevista a uma equipe de reportagem - Foto: Arquivo Pessoal
Como sindicalista, concedendo entrevista a uma equipe de reportagem – Foto: Arquivo Pessoal

EXEMPLO
Professor Fernandes aceitou o desafio feito por um irmão, que corre há 40 anos, lhe dizendo que daria 15 minutos a frente para ele em uma corrida de 10km. “Eu não corria, só fazia caminhada e musculação, mas como ele me desafiou, eu intensifiquei meu treino. Com um ano estava correndo 10 km sem parar, e com dois anos 20km sem parar. Hoje eu faço a minha maratona com tranquilidade, e tenho acompanhamento de nutricionista, fisioterapeuta e do professor da academia”, conta.
Devido a corrida, o professor hoje coleciona algumas medalhas e troféus, além de ter perdido 14 quilos de gordura corporal. “Hoje sou mais massa magra que gordura, e fico feliz que eu estou sendo um exemplo para muitos jovens que as vezes não têm a fibra pra correr, fazer musculação, pilates, andar de bicicleta… A gente faz com satisfação, e com mais prazer ainda por ser um exemplo para a juventude. Eu quero fazer um apelo, a nossa cidade precisa ter mais espaço para a atividade física, na rua nós estamos sendo ameaçados de atropelamento, não há local pra correr, caminhar, pedalar…. Quanto mais exercícios nos fizermos, mais teremos saúde e menos o bolso da prefeitura se desgasta com doenças. Invistam para que o rondonopolitano faça exercícios e não adoeça”, enfatiza.

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