Dependendo do resultado das apurações, o inquérito pode ser arquivado por falta de provas ou avançar para instauração de ação judicial
Um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público do Estado, através da Promotoria de Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, conduzida pelo promotor de justiça Wagner Camilo, para apurar as denúncias envolvendo o carnaval popular 2017 de Rondonópolis, o “Rondonfolia”. Músicos e prestadores de serviços denunciam o não recebimento de valores acertados, além de irregularidades como direcionamento e fraudes em licitações.
As denúncias envolvendo o carnaval popular de Rondonópolis deste ano começaram a surgir em função do descontentamento pelo não pagamento de diversos serviços realizados em função do evento. Na semana passada, a Câmara Municipal ouviu prestadores de serviços e representantes da administração municipal acerca dos acontecimentos no carnaval popular, devendo produzir agora um relatório final.
No caso do inquérito civil, a assessoria do Ministério Público informou ao Jornal A TRIBUNA que o promotor de justiça não falará sobre o assunto com a imprensa enquanto a investigação não for concluída. Repassou apenas que, dependendo do resultado das apurações, o inquérito pode ser arquivado por falta de provas ou avançar para instauração de ação judicial.
De um lado, os prestadores de serviços apontam que a realização do carnaval foi da Prefeitura de Rondonópolis, com organização do vice-prefeito Ubaldo Barros, mas, por outro lado, integrantes da administração municipal atestam que essa responsabilidade foi repassada à empresa vencedora da licitação de cessão onerosa visando o evento, no caso a Gileno Gomes de Almeida ME.
Na semana passada, o Observatório Social de Rondonópolis mostrou contratos de prestação de serviço para o carnaval assinados entre a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) e as empresas fornecedoras dos trios elétricos para o evento, antes mesmo de ter ocorrido a licitação dos trios. O Jornal A TRIBUNA também publicou postagens evidenciando que a empresa que ganhou o direito de cessão onerosa do carnaval começou a montagem da estrutura do evento bem antes da licitação.