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Chefe da Casa Militar e mais 5 têm prisões decretadas

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Desembargador do TJ mandou prender secretário-chefe e secretário-adjunto da Casa Militar, comandante do 4º Batalhão da PM e policial cedido ao Gaeco

Orlando Perri, desembargador: revogou a própria decisão de designar o delegado Flávio Stringueta, da Polícia Civil, para investigar o caso porque a competência agora é da PGJ
Desembargador Orlando de Almeida Perri decretou as prisões de 6 integrantes da Polícia Militar de Mato Grosso

O desembargador Orlando de Almeida Perri decretou as prisões de 6 integrantes da Polícia Militar de Mato Grosso sendo que quatro deles são acusados de envolvimento no suposto esquema de escutas ilegais e outros dois são suspeitos de vazar informações sigilosas. Os militares foram encaminhados para o Fórum de Cuiabá onde  passariam  por audiência de custódia.
O coronel Evandro Ferraz Lesco, secretário-chefe da Casa Militar, é um dos presos. Além dele também foram alvos dos mandados judiciais o sargento Euclides Luiz Torezan, cedido ao Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) , o coronel Ronelson Jorge de Barros (secretário-adjunto na Casa Militar) e o coronel Januário Antônio Edwiges Batista, atual Comandante do 4º Batalhão, em Várzea Grande.
Também tiveram a prisão decretada, administrativamente, o corregedor-geral da PM, coronel Alexandre Corrêa Mendes, e o diretor de Inteligência da Corporação, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira. Estes dois últimos foram citados  em um ofício enviado ao presidente do Tribunal de Justiça, Rui Mendes, por supostamente vazar uma operação com busca e apreensão e possíveis cumprimentos de mandados de prisão contra PMs investigados por escutas clandestinas ilegais. Já os outros são suspeitos de atuar no esquema de escutas ilegais.
As interceptações ilegais teriam sido feitas por integrantes da Inteligência da PM, com suposta anuência de setores do Palácio Paiaguás. O esquema era viabilizado pela prática da “barriga de aluguel”, quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.
Outros dois membros do Executivo também já foram presos por suspeita de envolvimento no caso dos grampos telefônicos. São eles: o coronel PM Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da PM de Mato Grosso, e o cabo Gerson Ferreira Gouveia Júnior. Os mandados de prisão foram decretados pelo juiz de direito Marcos Faleiros, da 11ª Vara de Crimes Militares da Comarca de Cuiabá.
ENTENDA O CASO
Coronéis da Polícia Militar, mais assessores do primeiro escalão do Palácio Paiaguás, se utilizariam do esquema para monitorar adversários políticos, jornalistas, advogados e empresários. No caso da denúncia, teria sido usado um inquérito que investigava uma quadrilha de traficantes de cocaína. Ao pedir a quebra dos telefones dos supostos membros da quadrilha, teriam sido inseridos, ilegalmente, na lista encaminhada à Justiça, os telefones que interessariam ao grupo monitorar.
A decisão que autorizou as escutas contra a quadrilha seria da Comarca de Cáceres, na fronteira do Brasil com a Bolívia. O inquérito sobre o caso está na Procuradoria Geral da República, sob comando do procurador Rodrigo Janot.
Entre os grampeados estariam a deputada Janaina Riva (PMDB); o advogado José do Patrocínio; o desembargador aposentado José Ferreira Leite; a filha do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, Kelly Arcanjo Ribeiro Zen; e os médicos Sergio Dezanetti (de Alta Floresta), Luciano Florisbelo da Silva (do Hospital Santa Rosa, de Cuiabá), Paullineli Fraga Martins (médico perito, de Alta Floresta), Helio Ferreira de Lima Junior (médico ginecologista) e Hugo Miguel Viegas Coelho (médico da Policlínica de Várzea Grande).
GOVERNO SE MANIFESTA
Diante das prisões, o governador Pedro Taques  determinou o afastamento provisório e não remunerado dos dois secretários, até que as investigações esclareçam a suposta participação deles no esquema.
Em nota, o governo do estado afirmou que os secretários Evandro Lesco e Ronelson Barros “gozam da total confiança do governo” e que, apesar das prisões, as investigações estão em fase inicial e “não há nenhum ato que desabone suas condutas de militares e agentes públicos honrados e probos [íntegros]”. Quanto aos outros dois militares presos, o governo diz que acompanhará as investigações sobre suas atuações.
O coronel Evandro Lesco teria sido alertado, na manhã de ontem, sobre a possibilidade da prisão dele. Em ofício enviado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, o governador do estado afirmou que o corregedor-geral e o diretor de Inteligência da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes e tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, informaram a secretários de estado sobre a realização de uma operação que poderia resultar na prisão de servidores da Casa Militar.
Segundo consta no ofício, a informação teria sido passada a eles pelo coronel Jorge Catarino de Moraes, responsável pelo andamento do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a existência de uma suposta central clandestina de interceptações telefônicas na PM.


Presidente do TJ também se manifesta

Rui Ramos, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso
Rui Ramos, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rui Ramos, disse que o fato dos dois oficiais da Polícia Militar – coronel Alexandre Corrêa Mendes e tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, respectivamente corregedor-geral e diretor da Polícia Militar – se dirigirem à Casa Militar na manhã de ontem (23) para vazar informações sobre operação contra servidores, inclusive o secretário da pasta e coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, não envolveu servidores, juízes, nem militares cedidos do Poder Judiciário.
Contudo, reconheceu os motivos do governador Pedro Taques (PSDB) se mostrar indignado e pedir providências por meio de uma carta enviada no mesmo dia dos fatos.
Por meio da assessoria de imprensa, Rui Ramos informou que assim que recebeu o ofício do chefe de Estado, encaminhou o documento ao então comandante da PM, coronel Jorge Luiz de Magalhães, e ao coronel encarregado pelo inquérito militar, bem como à Corregedoria e ao desembargador Orlando Perri, relator do caso, para que tomassem conhecimento e providências.
O desembargador Orlando Perri, por meio da assessoria, informou que não se manifestará sobre o caso por se tratar de segredo de justiça.

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