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Produtor acredita que “tensão” na cadeia da carne será superada rapidamente

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francisco de castro - pecuarista- 20-03-17

Segundo profissional do setor, é preciso deixar claro que uma “ínfima” porcentagem de empresas atua de forma criminosa na cadeia da carne

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Francisco Olavo Pugliesi de Castro, pecuarista e ex-presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, externou ontem ao Jornal A TRIBUNA que acredita que o momento conturbado vivido pelo setor da carne brasileira, após a Operação “Carne Fraca”, deflagrada na sexta-feira passada (17/3) pela Polícia Federal contra um esquema de adulteração de carnes por alguns frigoríficos, deve ser rapidamente superado. Ele analisa que, em breve, as pessoas e o mercado vão entender que não é toda a cadeia da carne que está envolvida no esquema e que o produto nacional é seguro.
Francisco de Castro reconhece que, mesmo não tendo nenhuma empresa investigada na operação Carne Fraca, o estado de Mato Grosso, nesse primeiro momento, não deixará de ter dores de cabeça com a situação. Ele entende que, enquanto as informações sobre o caso não tiverem claras, o mercado da carne tende a ficar um pouco parado. Nesse sentido, aponta que a atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vem sendo exemplar junto aos vários agentes, esclarecendo que não há risco nenhum na cadeia da carne brasileira e combatendo as informações equivocadas e desencontradas.
Conforme o pecuarista, o governo brasileiro, através do Mapa, precisa fazer e já vem desenvolvendo um bom trabalho junto aos países importadores de carne, para mostrar a real situação da cadeia, apontando que o problema constatado foi pontual. Quando toda a situação estiver esclarecida, assevera que a China, que suspendeu momentaneamente as importações de carne brasileira, por exemplo, deve voltar a comprar carne do Brasil. “Por isso [bom trabalho do Mapa] acredito que toda essa situação será resolvida brevemente. Não podemos entrar num clima de alarmismo que não existe”, externou.
Francisco de Castro destaca que as empresas alimentícias que erraram precisam realmente ser punidas. Contudo, enfatiza que o caso envolvendo a Operação Carne Fraca acabou sofrendo com um exagero midiático. “A gente acha que essas empresas que não trabalham dentro da legalidade e não condizem com as normas de segurança alimentar devem ser punidas. Mas isso é uma porcentagem ínfima de empresas dentro de um contexto grande de empresas. Agora a forma como o caso está sendo exposto na mídia vem punindo todo mundo. O jeito que foi colocada a Operação Carne Fraca parece que está tudo perdido. Não é isso, a imensa maioria faz a coisa certa!”, externou.
Francisco de Castro entende que um setor vital para o Brasil, como o segmento de carnes, não pode ser exposto da forma que foi. Ele informa que o País possui um total de 4.832 indústrias autorizadas a processar alimentos, mas apenas 21 delas estão sendo investigadas e que três foram paralisadas, sendo um número inexpressivo diante do total de empresas. “As pessoas vão entender que a cadeia é segura e é confiável”, assegurou o pecuarista, externando que o Brasil vai continuar a produzir carne de qualidade como sempre produziu.
Outras informações sobre a repercussão da Operação Carne Fraca nas páginas A*5 e A*7 desta edição.

 

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