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Bebê tem alta, mas continua com agulhas na cabeça

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caso bebe - agulhas1 - 14-12-16

Bebê de 5 meses deixou o hospital mas continua com agulhas introduzidas no corpo
Bebê de 5 meses deixou o hospital mas continua com agulhas introduzidas no corpo

A bebê de 5 meses, vítima de maus-tratos durante um ritual religioso autorizado pelos pais em São Pedro da Cipa, no dia 11 de dezembro de 2016, teve alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis. A informação foi divulgada pelo hospital nesta quinta-feira (16), por meio de um comunicado. De acordo com as informações, a menina está sob os cuidados da avó materna, que tem a guarda da criança.
A bebê foi internada na Santa Casa no dia 13 de dezembro, após ter quatro agulhas introduzidas em seu corpo, sendo três na cabeça e uma no abdômen. Após intenso tratamento e intervenções cirúrgicas, uma agulha da cabeça, que estava na região do ouvido, e metade de uma agulha que está no abdômen foi retirada.
A Santa Casa ainda não divulgou detalhes sobre como será o acompanhamento da criança agora, já que agulhas ainda estão em seu corpo. Contudo, em reportagem publicada recentemente pelo A TRIBUNA, a informação recebida era de que devido à gravidade da situação, a retirada das demais agulhas causariam danos graves a criança, principalmente neurológicos, e os médicos optaram então por aguardar que o próprio organismo da menina expulse os corpos estranhos, para assim, novas intervenções cirúrgicas serem realizadas.
Conforme o comunicado da Santa Casa, durante os mais de 60 dias em que esteve internada na unidade hospitalar, a menina teve boa evolução, foi tratada contra infecções, respirou sem a ajuda de aparelhos, teve boa dieta, movimentou os membros e cresceu com boa evolução clínica.
Foi submetida a procedimentos neurológicos, como drenagem do acúmulo de sangue na superfície do cérebro, extravasamento do líquido que envolve o cérebro e passou por cirurgias para a retirada das agulhas, sem algumas sem sucesso e outras com resultado positivo.
O CASO
O caso de tortura em São Pedro da Cipa foi descoberto no dia 11 de dezembro do ano passado e teve repercussão nacional. Os pais levaram a criança até o Hospital Municipal de Jaciara, e a equipe médica da unidade fez uma denúncia ao Conselho Tutelar, sobre suspeita de maus-tratos contra a menina.
O bebê chorava muito e apresentava hematomas no couro cabeludo. A criança foi encaminhada para Rondonópolis onde, após passar por exame de raio-X no Hospital Regional, foi constatada a presença das quatro agulhas no corpo, sendo três na cabeça e uma no abdômen. Sendo assim, a menina foi encaminhada para a Santa Casa.
As cinco pessoas suspeitas de participação no crime foram indiciadas pela Polícia Civil por tentativa de homicídio, e os adultos ainda por corrupção de menor. São suspeitos de participarem do ritual: a mãe da bebê, uma adolescente de 17 anos; Wellinton de Jesus Costa (28), pai da criança; Iraci Queiroz dos Santos (42), suspeita de conduzir o ritual e inserir as agulhas; Débora Queiroz dos Santos (filha de Iraci) e Ricardo César dos Santos (genro de Iraci).
Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça desde a ocasião, sendo que Wellinton e Ricardo estão detidos na Cadeia Pública de Jaciara, e Iraci e a filha na Cadeia Pública Feminina de Rondonópolis. A mãe da bebê, foi encaminhada ao Sistema Socioeducativo em Cuiabá.
De acordo com a investigação, os pais da criança teriam recebido R$ 250 de Iraci Queiroz dos Santos para permitir a realização do ritual religioso.

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