Uma das obras que tinha entrado na lista dos problemas crônicos em Rondonópolis, enfim, vai caminhando para um desfecho. Foram retomadas e estão em andamento as obras de conclusão do Centro de Comercialização e Capacitação do Agricultor do Sudeste do Estado, localizado ao lado do campus da UFMT e ao fundo da Escola Técnica Estadual (Secitec). A construção do espaço se arrasta por cerca de 10 anos.
Conforme o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Renato Mendes, não foi fácil concretizar a retomada das obras do Centro do Agricultor, sendo preciso enfrentar muitos problemas burocráticos e imprevistos. Somente para consolidação da contratação da nova empresa para finalizar as obras, atesta que a administração atual enfrentou três licitações vagas. “Agora a obra vai sair!”, afirmou o secretário à reportagem, informando que a inauguração ocorrerá ainda em 2016.
Renato Mendes diz que as obras foram retomadas há várias semanas, já tendo concretizado a limpeza do espaço. Agora a equipe está trabalhando no piso e, na sequência, atuará nas partes elétrica e hidráulica e acabamento. Ele diz que os equipamentos necessários ao funcionamento do espaço já estão adquiridos e serão montados após a conclusão da construção civil. A obra vem sendo executada agora pela Construtora Amex Ltda, com um valor orçado em R$ 857.256,05.
O Centro do Agricultor contará com laboratórios, câmaras frias, escritórios e outras áreas. Além de proporcionar o aprendizado e qualificação, o secretário diz que o complexo vai garantir produtos oriundos da agricultura familiar com melhor qualidade ao mercado. Nesse propósito, os laboratórios vão realizar o devido controle e análise dos produtos da agricultura familiar em âmbito local. Para garantir o seu funcionamento, atesta que existe a ideia de firmar um convênio com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que dispõe de um quadro de profissionais capacitados para tal.
As obras do Centro de Apoio e Capacitação do Agricultor Familiar se arrastam desde a gestão do então prefeito Adilton Sachetti (2005/2008). Nesse meio tempo, inclusive, houve polêmica quanto a melhor destinação do espaço, envolvendo Município, UFMT e pequenos produtores. Em 2011, surgiu a ideia, por exemplo, de transformar o espaço em uma central de abastecimento, o que gerou o descontentamento de docentes do campus local da UFMT, que defendem um projeto que prevê o acompanhamento da produção dos pequenos produtores, a realização da análise e certificação dessa produção, além da agregação de valor dos produtos.