O primeiro semestre ainda não terminou e o município de Rondonópolis já registra 33 pessoas picadas por cobras peçonhentas em 2016. O número preocupante chama a atenção considerando que ao longo dos 12 meses de 2015 foram 39 pessoas picadas por cobras no município. Os dados são do Departamento Municipal de Atenção à Saúde, que pede para que os rondonopolitanos redobrem os cuidados para evitar esse tipo de acidente, uma vez que o soro antiofídico, utilizado contra picada de serpente, continua em falta.
Segundo repassado pela Prefeitura, todas as 33 pessoas de Rondonópolis picadas por cobras em 2016 foram vítimas de jararacas. Considerando pacientes de outros municípios atendidos em Rondonópolis, o número de pessoas picadas por cobras chega a 37. As informações dão conta que boa parte das pessoas está sendo picada em momentos de lazer, como em pescaria e banhos em cachoeiras. Entre os cuidados recomendados estão usar botas com cano alto, calças e olhar por onde pisa.
Apesar do aumento desse tipo de acidente, a Prefeitura, até ontem, contava com 4 doses de soro antiofídico e o Escritório Regional de Saúde, com 6 doses – quantia muito pequena para a demanda. Vale explicar que, quando um paciente chega ao Pronto Atendimento (PA) com uma picada de serpente e não há o soro antiofídico disponível, a equipe da Saúde aciona imediatamente a Rede Nacional, por meio da qual é possível identificar em quais cidades mais próximas o soro ainda está disponível e promover a solicitação.
Conforme repassado pela Prefeitura, as vítimas de picadas de cobras necessitam de 4 a 12 ampolas de soro antiofídico, o que varia de acordo com a gravidade. Quanto mais tempo demorar para se dar o atendimento e quanto maior a quantidade de veneno injetado na pessoa, mais ampolas do soro são necessárias.
O Departamento Municipal de Atenção à Saúde destaca que a falta de soro contra picada de cobra não é um problema apenas local, mas nacional. O Governo Federal vem enfrentando dificuldades para fabricação do produto, sem perspectiva de regularização em 2016.
Com isso, pessoas em trabalho em áreas rurais ou em lazer em matas, rios e cachoeiras devem ficar atentas para evitar esse tipo de acidente.
