Um voo da companhia Azul Linhas Aéreas, que saiu do aeroporto de Viracopos, Campinas (SP), com destino a Rondonópolis, não conseguiu pousar na manhã de ontem (14) no aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco devido ao mau tempo. Após comunicado do fato pelo comandante da aeronave aos passageiros, o voo se deslocou para o pouso no aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Por conta disso, os passageiros, que deveriam embarcar em Rondonópolis por volta de 9h50 para Campinas também foram prejudicados, já que o voo que seria feito pela mesma aeronave foi cancelado. A companhia aérea ofereceu transporte até Várzea Grande para que o embarque fosse realizado no aeroporto Marechal Rondon, ou então, a opção de remarcar a passagem para embarcar em Rondonópolis em outra data.
A situação gerou mais uma vez descontentamento por parte dos usuários do aeroporto, já que os redirecionamentos de voos e suspensões tem se tornado frequentes na cidade, sempre com a mesma informação de problemas climáticos. Um leitor do A TRIBUNA relatou que aproximadamente 300 pessoas, entre passageiros e familiares, estavam no local aguardando a chegada do voo e a partida em seguida para Campinas.
“Tive que desmarcar meus compromissos em São Paulo, mais uma vez, e isso vem acontecendo com certa frequência. Como vou remarcar a passagem? E se remarcar para amanhã e a aeronave não conseguir pousar aqui de novo? Imagina só se fosse um caso de saúde, como a população fica?”, questionou.
Em outro depoimento de uma passageira que estava no voo redirecionado, o relato é de que “o comandante avisou antes de sair de Campinas que o pouso em Rondonópolis é visual, que aqui não temos instrumentos necessários e que como estava nublado provavelmente teríamos que descer em Cuiabá, e foi exatamente o que aconteceu”, contou.
Em outro depoimento, um passageiro do voo disse que “era a luz do dia, o piloto não visualizou a pista porque estava nublado. Imagina só à noite em com chuva?”, relatou. Em todos os casos, os passageiros cobraram urgência na implementação de aparelhos para garantir segurança e para que esses transtornos sejam evitados.
Vale lembrar que na última quarta-feira (13), a gestão municipal prometeu instalar em 90 dias no aeroporto os equipamentos Papi e Rnav, que podem garantir precisão e segurança para pousos e decolagens. O prazo foi considerado muito extenso pela sociedade, já que isto significa que, nos próximos três meses, dentro do período chuvoso, o aeroporto ainda deve conviver com cancelamentos de voos pelos mesmos motivos do registrado na manhã de ontem.
Não confirmada suspensão de voos diários
Desde o incidente com a aeronave ATR da Passaredo na última sexta-feira (8), uma onda de boatos de que a empresa Azul Linhas Aéreas, que também opera em Rondonópolis, pretende diminuir a frequência de voos, cancelando os voos diários para o município, tem tomado conta das redes sociais.
De acordo com os relatos, isso se deve ao fato da pista não ter sinalização adequada e dos constantes problemas para pousos e decolagens no município. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Azul, que garantiu por meio de nota que a informação não procede e que “a Azul não tem planos de reduzir ou suspender operações em Rondonópolis”.
