Ao contrário de outros estados do Brasil, Mato Grosso não contou ontem (09/11) com nenhum protesto organizado por caminhoneiros nas estradas. Pelo menos 14 estados do País registraram bloqueios em estradas nesta segunda-feira. Contudo, não está descartado o surgimento de protestos a partir de hoje em Mato Grosso.
Apesar de informar que os transportadores não apoiam nem integrarão esses movimentos, o diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC-MT), Miguel Mendes, repassou ao Jornal A TRIBUNA que há algumas movimentações de lideranças variadas para bloqueios de estradas em Rondonópolis e em Lucas do Rio Verde – que podem acabar sendo deflagrados mesmo diante da falta de consenso.
Contudo, Miguel Mendes externou que avalia que esses movimentos que estão surgindo no Brasil não defendem os reais interesses do setor de transportes do Brasil, mas, sim a derrubada da presidente da República. Ele alerta que as pessoas que estão realizando esses protestos não possuem legitimidade para estar à frente de movimentos e se auto intitulando como lideranças de caminhoneiros e do setor de transportes. “Reconhecemos como representantes legais presidentes de sindicatos, federações e confederações, de caminhoneiros autônomos, de empregados e empresas de transporte”, externou.
Conforme Miguel Mendes, no entendimento da ATC, se o impeachment da presidente for ocorrer, deve ser feito pelos meios legais. “Não somos contra qualquer manifestação desde que seja legítima”, pondera. “Querem se aproveitar de um setor importante da economia que se encontra em crise, bem como dos caminhoneiros que se encontram endividados, fragilizados e insatisfeitos com o Governo Federal, em decorrência das promessas feitas e ainda não cumpridas no acordo que encerrou os bloqueios de rodovias nas últimas manifestações, ocorridas entre fevereiro e abril deste ano”, avaliou.
NACIONAL – No Brasil, o protesto de caminhoneiros bloqueava nesta segunda-feira trechos de várias estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo informado, os atos aconteciam em GO, BA, CE, ES, MG, MS, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO. O grupo que participa do movimento foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff, pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre outras questões.
