O novo prazo em relação ao Residencial “André Maggi”, compromissado pela Caixa Econômica Federal com o Ministério Público Federal, não foi cumprido. O acordo era para que a entrega de 50 de um total de 500 casas fosse feita até a primeira quinzena deste mês de janeiro, o que não ocorreu. A pedido da Caixa, um novo período de inscrições para as casas do Residencial “André Maggi” será aberto, a partir de segunda-feira (02/02), das 12 às 17h na Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, seguindo por 10 dias.
O secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Roberto Carlos Correa de Carvalho, explicou à reportagem que as 50 primeiras casas do referido residencial não foram entregues neste começo de ano, uma vez que a Caixa não conseguiu concluir procedimentos de ligação de energia elétrica, esgoto e liberação do Habite-se. Ele disse que essas 50 primeiras casas tiveram o serviço concluído de reparo dos estragos oriundos da invasão ocorrida no ano passado. Contudo, externou que os serviços de reparo nas demais casas seguem pelos próximos meses. O prazo de conclusão dos reparos é de 04 meses, a partir do início dos serviços.
Conforme Roberto Carlos, agora não há uma data definida para a entrega das residências do “André Maggi”. Está havendo um estudo se a entrega será feita parcial ou na sua totalidade. No momento, externou que Secretaria Municipal de Habitação estará concentrada em receber novas inscrições de interessados nas casas do residencial. Ele justifica que a última listagem enviada de novos interessados teve vários nomes reprovados, uma vez que possuíam restrições para o acesso ao programa “Venda Direta”. A primeira lista de interessados nessas casas também está sendo considerada.
Vale ressaltar que a seleção do Residencial André Maggi tem critérios diferentes do “Minha Casa Minha Vida – baixa renda”. Através do “Venda Direta”, podem fazer a inscrição pessoas que possuem salários entre R$ 1,6 mil a R$ 3 mil, que não tenham restrições de crédito junto ao Serasa ou SPC e que não possuem imóveis e também não receberam casas de qualquer programa habitacional.
Roberto Carlos ressaltou que as obras de galeria de águas pluviais da Rua 10, um grave entrave para o funcionamento do residencial, foram concluídas. Outro procedimento a ser vencido pela Caixa, segundo ele, é a solicitação da baixa nos IPTUs desses imóveis, que vem sendo lançados desde 2008.
INVASÃO – Após anos com obras paralisadas e sem entrega, o Residencial “André Maggi” teve suas 500 casas invadidas no mês de abril de 2014. As moradias somente foram desocupadas em setembro do mesmo ano, após ação policial, resultando em um prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões.
