Depois de 15 dias internada, a pequena Iasmim Pereira Frazão, de 2 anos e 05 meses, morreu ontem (03/10) sem conseguir em Mato Grosso uma vaga em um leito de UTI pediátrica, serviço ainda inexistente em Rondonópolis (veja matéria nesta página dos esforços em andamento para implantar essa estrutura no Município). A morte da criança sem o atendimento necessário gerou indignação entre os familiares. A mãe de Iasmim, a manicure Emanuele Frazão, afirmou à reportagem que pretende entrar na Justiça contra o Estado.
Iasmim deu entrada na Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis no dia 18 de setembro deste ano, com uma doença pulmonar crônica com risco de morte e insuficiência respiratória. Conforme Emanuele, com o passar dos dias, o quadro da filha foi se agravando. No dia 30 de setembro passado, procurou o Ministério Público do Estado, que, no mesmo dia, ingressou com uma ação na Justiça, que de pronto concedeu liminar determinando a transferência da criança para leito de UTI pediátrica.
Apesar da posição favorável da Justiça, a família de Iasmim começou a viver um drama, com sucessivos impedimentos para o devido cumprimento da decisão. Primeiro, o Governo do Estado alegou que não havia vaga em UTI pediátrica na rede pública de saúde em Mato Grosso. Depois, mesmo com abertura de vaga na cidade de Cáceres, o Estado repassou que somente podia autorizar o transporte da criança por meio de UTI aérea em distâncias acima de 500 quilômetros, sendo que Cáceres está a 460 quilômetros de Rondonópolis.
Por fim, quando o Estado autorizou o pagamento do transporte de Iasmim por meio de UTI aérea, estando tudo certo para seu transporte, o Hospital Regional de Cáceres alegou um problema na bomba de infusão e não tinha como fazer o atendimento. Após tantos impedimentos, nesta sexta-feira (03/10), quando o promotor de Justiça Ari Madeira já estava com tudo pronto para entrar com um requerimento junto à Justiça objetivando o bloqueio de todas as contas do Estado, até o atendimento de Iasmim, chegou a notícia do falecimento da criança.
Emanuele externou à reportagem seu sentimento de revolta diante do descaso do poder público para com as crianças. “É muita revolta, muita tristeza, porque o que aconteceu com minha filha não desejo para nenhuma outra. A dor é muito grande por perder uma filha por negligência do Estado. Nesse caso, o Estado quis dizer que a vida de uma criança não vale nada!”, desabafou.
Os familiares reconheceram os esforços do Ministério Público e ligaram para agradecer o promotor Ari Madeira Costa.
Iasmim tinha uma irmã gêmea, a Isabele.
Hoje, o MT inteiro deveria chorar comigo!
(*) Ari Madeira
Hoje (03/10/2014) é um dia de dor. Mais uma pequena Iasmim morreu, mais uma família está dilacerada.
Sim, ela tinha somente dois anos e teve sua história interrompida pela dura e triste realidade vivida nesse nosso “velho centro-oeste” em que vigorou a lei do cão, num dia de cão.
Sim, ela vivia num Estado rico, mas era pobre e sua pobre mãe correu, esperançosa, os quatro cantos para salvá-la. Sim, contra todas as probabilidades, ela correu.
Sim, ela precisava de um leito de UTI pediátrica, mas ficou esperando até romper os pulmões e morrer, pois Mato Grosso demorou a entender que é cruel não pagar passagem de UTI aérea quando o hospital fica numa distância menor que quinhentos quilômetros, mesmo quando a criança não pode ir por terra.
Sim, tinha ordem para que ela fosse tratada em leito de UTI, pública ou privada, em qualquer unidade federativa do Brasil… Ai, Brasil!
Sim, tenho respostas sobre o que está sendo feito pela Promotoria de Justiça da Infância; as aquisições de serviços para obras e compra de equipamentos já estão efetivadas, mas isso é assunto para outra hora.
Não, este texto não é para criticar os Governos que, desde sempre, negligenciaram a saúde pública… Não, não é não!
Sim, eu só quero dizer que as minhas medidas estão cheias de ver a mesma coisa, agora e sempre; mulheres e homens valentes, com pose de boa gente, com as mãos completamente sujas, com corações escondidos e mentes que compactuam com toda sorte de sofrimento e dor provocada por lobos vorazes e aves de rapina contra inocentes crianças, idosos, mulheres e pessoas com deficiência.
Sim, são os mais humildes que sofrem com políticas públicas salafrárias, cujas verbas públicas são desviadas por pessoas salafrárias, autorizadas por eleitores salafrários que vendem (pegam cinquentão) ou trocam o voto por combustível, uma conta de farmácia, material de construção etc., lançando com isso o futuro de nosso povo no ralo da corrupção, a qual é alimentada, verdadeiramente, pela corrupção praticada na época de eleições.
Sim, hoje foi a Iasmim…
Sim, eleitor que vende ou troca o voto é salafrário e assassino de esperanças, tanto quanto qualquer outro corrupto salafrário.
Disse “corrupto salafrário”, não que todo corrupto não seja salafrário… Foi só força de expressão!
(*) Ari Madeira Costa é Promotor de Justiça em Rondonópolis.
Parabéns Dr. Ari Madeira por expo tão claramente e de forma brilhante a realidade da saúde pública no Brasil. Hoje, 5 de outubro de 2014, é a oportunidade que temos para mudar este quadro, mas infelizmente a população brasileira acredita em qualquer mentira e acha que a Renovação é bobagem. Eu vou fazer a minha parte: – Renovação Sempre. Respeitosamente, Edileusa Pena
Dois tópicos importantes:
Primeiro – lei mais branda para corrupção, o cara devolveu US$23.000 mi e não vai acontecer nada.
Segundo – privatizar saúde, cirurgias complexas, CTI, UTI, remédios caros, estes sim é considerados saúde, não é um simples consulta. Privatizando terá a lei da orfeta e procura.
E mais uma vez descaso com nossas crianças, até quando vamos viver isso, a burrocracia do nosso querido país só serve para nós que somos da classe baixa, pois hoje nossos governantes descumpre até ordem judicial, será que vivemos num país democrático onde os menos favorecido não tem vez. Aonde se fosse pra cumprir uma ordem judicial para por um pai de familia trabalhador na cadeia por não consegui paga pensão ai sim seria cumprido, vamos fazer vale nossos votos, vamos tenta muda essa legislação que beneficia somente a classe política, que político corrupto tinha que ser algemado igual pai de familia sair quando são presos por não paga pensão.
Fica aqui a dignacao de um pai também
Desejo a está familia que Deus conforte seus corações e possam ser forte por essa grande perca.
INDIGNAÇÃO É POUCO! DESCASO DO ESTADO É TOTAL. PENSO QUE ESSE TIPO DE GENTE QUE ADMINISTRA A SAÚDE DEVERIA ESTAR NA CADEIA, QUE É LÁ O LUGAR DE GENTE QUE NÃO PRESTA!!!