Eleitores esperam votação mais rápida

Os eleitores rondonopolitanos, assim como os demais brasileiros, voltam às urnas neste domingo (26/10), para o segundo turno das eleições presidenciais. Ao contrário do primeiro turno, a expectativa é que o sistema biométrico, que apresentou muitos problemas na cidade, seja mais eficiente e possibilite uma votação mais rápida. Em Rondonópolis, 133.493 eleitores estão aptos a votar nas eleições de 2014.
No primeiro turno, houve dificuldades para a identificação das digitais de grande número de eleitores em Rondonópolis. Além dos cinco cargos a serem escolhidos, a incorporação da identificação das digitais também acabou atrasando o tempo de votação no dia 05 de outubro, com eleitores esperando até 1h30 para votar. Em muitos casos, as pessoas usaram as oito tentativas para a captura de sua digital e, mesmo assim, não tiveram êxito, fazendo com que o presidente da mesa de votação fizesse a liberação do voto.
Os problemas verificados no primeiro turno foram reconhecidos pela Justiça Eleitoral. Em função disso, foi ministrada uma palestra pela Justiça Eleitoral em Rondonópolis com os presidentes das seções eleitorais quanto ao sistema de identificação biométrica. Foram abordadas as dificuldades enfrentadas no 1° turno das eleições deste ano para que o procedimento ganhe mais agilidade na realização do 2° turno, neste domingo. Além disso, o eleitor local dará o seu voto hoje para apenas 01 cargo.
Neste domingo, os rondonopolitanos podem optar pelo voto em Dilma Rousseff, do PT (13), ou Aécio Neves, do PSDB (45). Em Mato Grosso, não tem votação para o segundo turno referente ao Governo do Estado. Quem estava cadastrado na biometria e não votou no primeiro turno em Rondonópolis pode votar no segundo turno. Agora quem não se cadastrou no processo biométrico também não pode votar hoje.
Com a biometria, segundo a Justiça Eleitoral, no momento da votação, a pessoa deverá portar qualquer documento oficial de identificação com foto. No procedimento, o eleitor fará oito tentativas para a captura de sua digital. Caso nessas oito tentativas não se conseguir fazer a captura, o presidente da mesa de votação liberará o eleitor para votar. De qualquer forma, o eleitor terá que ter algum documento com foto.
A “lei seca”, que proíbe a venda de bebida alcóolica das 6h às 20h do dia do pleito, decretada pela Justiça Eleitoral em Rondonópolis no primeiro turno das eleições, também valerá para o segundo turno que ocorre neste domingo (26). A portaria 4/2014, assinada pelos juízes eleitorais Wanderlei José dos Reis, da 46ª zona eleitoral, Maria das Graças Gomes da Costa, da 45ª, e a juíza da 10ª, Maria Mazarelo Farias Pinto, decretou a lei seca para o primeiro e segundo turnos.
O horário de votação em Mato Grosso é das 8h às 17h, dentro do horário de verão.

Saiba como melhorar a leitura das digitais na hora do voto

Eleitores de diversas partes do País usarão novamente o sistema biométrico de identificação neste domingo (26) para votar no segundo turno. Para que o procedimento de leitura seja feito corretamente, eleitores e mesários precisam ficar atentos a algumas orientações.
O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), Ricardo Negrão, explica que muitos fatores podem influenciar a leitura. Um deles é a posição do dedo no leitor e a pressão aplicada. “Os mesários foram treinados a informar o eleitor qual o procedimento correto”.
Outra questão que deve ser lembrada é a hidratação da pele. Há quem acredite que passar álcool pode ajudar a deixar a mão livre de gordura facilitando a identificação biométrica. Mas a verdade é que isso pode até prejudicar. “A mão muito ressecada, no dia da eleição, pode dar problema na identificação. Mas a gente também não recomenda que a pessoa use muito creme. Limpe a mão normalmente com sabão e não utilize produtos com álcool e coisas que ressequem os dedos”, recomenda o secretário.
E se o leitor da urna estiver sujo, cheio de digitais? Isso pode prejudicar o processo? Negrão afirma que não. Mas nem tudo depende do eleitor. Algumas urnas apresentaram problemas durante o primeiro turno. O secretário do TRE-DF conta que em Brasília, dos mais de 6,4 mil equipamentos usados no dia 5 de outubro, 219 apresentaram problemas. Desses, 180 tiveram alteração nos sensores biométricos.
Negrão, explica que os equipamentos que apresentaram problemas passaram por manutenção para serem usados hoje. “Os sensores foram substituídos por outros novos”, diz. Além do Distrito Federal, Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraná também realizaram a troca. Ao todo, foram cerca de mil leitores biométricos substituídos.
O secretário do TRE-DF explica também que mesmo que a urna apresente problemas o eleitor não será prejudicado. “O mesário tem toda a autonomia para autorizar esse eleitor, que não foi reconhecido pela biometria, a votar no dia da eleição”, explica.
De acordo com o TSE, o sistema biométrico apresentou um percentual de 91,5% de reconhecimento dos eleitores. Para o segundo turno, a expectativa é aumentar ainda mais a eficiência do sistema e baixar o índice de não reconhecimento para cerca de 5%.