Após 08 dias de greve, os servidores públicos municipais decidiram pela suspensão do movimento, em assembleia geral realizada ontem (16/05), na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur). Houve um compromisso por parte da Prefeitura em entregar os novos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCSs) até o dia 30 deste mês, com novas tabelas salariais.
Conforme o presidente do Sispmur, Rubens Paulo, as negociações começaram a avançar a partir desta quarta-feira (14), com a intermediação da Câmara Municipal e, a partir desta quinta-feira (15), com a participação da Associação de Diretores das Escolas Municipais (Adesmur). Juntando as forças entre Câmara, Adesmur e Sispmur, a Prefeitura apresentou uma nova contraproposta.
Inicialmente, o Sispmur cobrava uma recomposição salarial de 19% para maioria das categorias. Na manhã desta sexta-feira (16), o prefeito Percival Muniz recebeu em seu gabinete representantes do movimento grevista e vereadores, para acertar os pontos da negociação. Vários pontos até então indefinidos tiveram uma posição do prefeito, a exemplo de um percentual a ser concedido aos servidores celetistas.
No fim, Rubens Paulo explicou que o prefeito garantiu aumento de 5%, mas em cima da tabela do PCCS, lembrando que este percentual não será repassado para cada servidor e, sim, será o aumento da folha de pagamento da Prefeitura. No geral, diz que não há um percentual de aumento linear para todos os servidores, variando de acordo com as funções e as categorias.
O Sispmur explica que houve uma preocupação na negociação em corrigir as distorções existentes. Na Educação, por exemplo, o sindicalista repassa que o menor índice será para professores, com 5% em 2013, 5% a 6% de imediato, 2,5% em 2015 e 2,5% em 2016, totalizando aproximadamente 17% na tabela do PCCS. Ele repassa que as demais categorias na Educação terão ganhos melhores.
Rubens Paulo entende que a proposta da Prefeitura está próxima da reivindicada pelo Sispmur, considerando as limitações existentes. Em relação aos PCSSs da Saúde, Instrumental (administração), SUAS (assistência social), externou que estão próximos de serem concluídos, faltando a definição jurídica sobre a produtividade e gratificação laboral. Há ainda questões particulares de algumas categorias a serem resolvidas.
“Vamos trabalhar incessantemente para que os PCCSs sejam entregues até o dia 30 de maio”, repassou o sindicalista, informando que foi formada uma comissão formada por servidores, Sispmur e Legislativo para acompanhar a finalização dos planos. Inclusive, destacou que a finalização dos PCCSs vai agilizar a realização do concurso público, outra pauta reivindicada.
Nenhum servidor terá ponto cortado devido à paralisação. Contudo, os servidores da Educação terão de repor os dias parados.
