De greve há quase 20 dias, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fizeram na manhã desta segunda-feira (17), um protesto em frente à agência dos Correios da Avenida Amazonas, no centro de Rondonópolis. O ato, de acordo com o secretário de administração do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Sintect), Jonas Oliveira, teve o intuito de chamar a atenção da população quanto à reivindicação da categoria.
“A população tem de saber o porquê de estarmos com os serviços paralisados. A greve ocorre por um descumprimento dos Correios que firmou compromisso em não alterar o plano de saúde dos trabalhadores, no entanto, a empresa quer terceirizar o serviço, o que vai gerar aumento de custos”, disse.
Na última sexta-feira (14), a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similare (Fentect) entrou com liminar para que os Correios não descontasse os salários dos grevistas e pagasse os benefícios como o vale-alimentação que não foi depositado aos funcionários que aderiram à greve. O pedido foi deferido pelo ministro Márcio Eurico Amaro, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proibiu os Correios de efetuar descontos.
O ministro estipulou que, caso a empresa já tenha feito descontos, que devolva os valores sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
De acordo com o representante do sindicato em Rondonópolis, a greve será julgada pelo TST em dissídio coletivo que não teve ainda data marcada. Com isso a paralisação deve continuar até a decisão.
A greve começou no dia 30 de janeiro e ocorre em 16 das 29 bases sindicais da federação em vários estados, como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Piauí, Amazonas, Minas Gerais e Paraná.
Os Correios em Rondonópolis tem em média 100 trabalhadores. No entanto, apenas 14 funcionários, aderiram à greve até o momento. Em Mato Grosso, de acordo com os Correios, todas as agências estão em funcionamento, tendo apenas 9% – do total de funcionários do estado – paralisados.
Embora o número de grevistas seja pequeno, cerca de 30 mil encomendas, sendo a maioria correspondências simples, sofreram atraso na entrega em Rondonópolis por conta da paralisação, segundo informou a assessoria de imprensa dos Correios. Conforme explicou, para resolver o problema a empresa tem atuado com um Plano de Contingência, com realização de horas extras e remanejamento de empregados de outras áreas que não aderiram a greve, além de mutirão no final de semana.
Por favor acabem logo com essa greve!