A Prefeitura identificou vários problemas de construção nas residências do Residencial João Antônio Fagundes, que foi recém-entregue pelo município aos moradores. O secretário-adjunto de Habitação e Urbanismo, Alexandre Torres, informou que a construtora que executou a obra é que tem a responsabilidade de, em cinco anos, resolver os problemas estruturais das casas do residencial.
Os problemas de construção no residencial foram constatados por uma equipe da Prefeitura, que visitou ontem (10) o residencial, formada pelo procurador-geral do Município, Fabrício Correa, pelo adjunto, Luciano Crivellante, e por Alexandre Torres. No João Antônio Fagundes, os três ouviram os moradores, que apresentaram as reclamações.
O morador Ronair da Silva Dias, por exemplo, mostrou nas paredes de sua casa os sinais de infiltrações; no hidrômetro recém-instalado, ele apresentou os vazamentos; na casa era o beiral que estava cedendo; e relatou que algumas caixas d´água do residencial foram entregues sem as tampas e apresentando vazamento de água.
“Eu liguei para o pessoal da construtora e a moça me pediu para comprar material que eles mandariam os trabalhadores para fazer a mão de obra, isto não existe, recebemos a casa recentemente e estamos pagando por ela”, indignou-se.
Alexandre Torres falou ao morador que a Caixa Econômica Federal (CEF) será informada da situação e o Município intervirá para solucionar o problema. “O papel da Prefeitura, por meio da Secretaria de Habitação, é recolher os cadastros e atuar nos trâmites burocráticos do processo. Em relação a qualidade da obra e eventuais problemas nas residências a responsabilidade é da construtora. No entanto, é uma exigência do prefeito para que auxiliemos neste sentido”, informou Torres.
Já Correa disse que conta com a sensibilidade dos empreiteiros para o atendimento dos casos. “Encontramos até alguns dos trabalhadores da construtora fazendo alguns reparos nas casas. É um residencial bonito, o primeiro feito com sistema de aquecedor solar e foi entregue há pouco tempo para apresentar este tipo de transtorno ao morador. Tenho certeza que isto será solucionado, até porque no caso de uma empresa não cumprir a manutenção de cinco anos que consta no contrato com a Caixa, esta construtora pode até mesmo ser inabilitada de assumir a condução de novos residenciais”, alertou.
Além disso, as chuvas nos últimos dias têm carregado, via enxurrada, a terra das frentes das residências para o meio das ruas. Quanto a isto, Torres pediu o esforço dos moradores para calçar ou plantar grama no local. “Mesmo havendo setores que era de responsabilidade da empreiteira, como plantar grama e não foi feito, em frente às casas era importante existir para evitar que a chuva cause danos”, frisou.
