Cerca de 100 servidores contratados da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), que foram dispensados pela empresa de economia mista, procuraram o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) e informaram que não receberam os direitos trabalhistas referentes às rescisões dos contratos de trabalho.
O presidente do Sispmur, Rubens Paulo, destacou que irá procurar a Coder para saber se as informações repassadas procedem para que possa tomar providências. Além disso, Rubens Paulo ressaltou que irá realizar uma assembleia na Coder para tratar de outros assuntos, como a volta de trabalho aos sábados e os atrasos constantes no pagamento do vale-alimentação.
A dispensa dos 100 servidores pode ser mais uma evidência de que a Coder não está conseguindo obter o financiamento da dívida de mais de R$ 40 milhões que possui e que a impede de firmar contratos com a Prefeitura.
No início de outubro, o não pagamento de rescisões de contratos trabalhistas da Coder gerou polêmica na Câmara Municipal que anunciou a convocação do procurador geral do Município, Fabrício Correa e do presidente da Coder, Ailton das Neves, mas até o momento as convocações não foram feitas. As propostas de convocações eram do vereador Reginaldo dos Santos (PPS) e de Ibrahim Zaher (PSD).
Na ocasião, o vereador Mauro Campos (PT) lembrou que há oito meses a Casa de Leis aprovou um requerimento solicitando à Coder as informações sobre as dívidas – que somavam na ocasião mais de R$ 40 milhões – das gestões anteriores deixadas na companhia para que fosse possível levantar de quem é a responsabilidade e que até o momento nenhum documento havia sido enviado.