Há 41 anos, entre os dias 03 e 06 de agosto de 1972, era realizado o 1º Cursilho de Cristandade da Diocese de Rondonópolis, no Centro de Treinamentos de Fátima de São Lourenço. De lá para cá, foram milhares de cursilhistas formados em 95 Cursilhos para homens e 94 Cursilhos para mulheres, além dos voltados para jovens. O aniversário de transcurso desse momento histórico será comemorado, nesta semana, através da “Semana Decolores”.
Uma programação especial foi montada para celebrar os 41 anos do Movimento de Cursilhos na Diocese. Nesta segunda-feira (05/08), haverá missa na Paróquia Bom Pastor, às 19h30, onde cursilhistas e membros da sociedade vão se reunir para celebrar a data. Para esta ocasião, o coordenador diocesano do Movimento do Cursilho da Diocese de Rondonópolis, Edson Rodrigues da Silva, professor Edinho, faz o convite para que os cursilhistas e a sociedade em geral possam participar da celebração.
Continuando a programação, a “Semana Decolores” terá, nos dias 06 e 07 deste mês, estudos bíblicos em todas as paróquias da Diocese. Nos dias 08 e 09, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o movimento prestará serviços a comunidade, como testes para avaliação da glicemia capilar, medição da pressão arterial e esclarecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis. Esses serviços serão realizados na Praça Brasil.
A ESTRUTURA – O 1º Cursilho foi realizado quando ainda estava estabelecida a Prelazia de Rondonópolis. Conforme o professor Edinho, Cursilho é uma palavra de origem espanhola e significa pequeno curso, no caso de formação cristã. Ele atesta que há um método próprio de evangelização, centrada na formação religiosa de leigos. A intenção, segundo o coordenador, é que os participantes possam se tornar evangelizadores de ambientes.
São três dias cada edição do Cursilho, tendo como local de realização o Centro de Treinamentos de Fátima de São Lourenço. Professor Edinho atesta que, apesar do foco de atendimento em líderes, a iniciativa é aberta a todos os interessados. “O Movimento de Cursilhos dá uma nova visão de ser Igreja e possibilita ao leigo a consciência do seu papel dentro da Igreja, possibilitando com que a comunidade sinta a presença dos cursilhistas”, avalia.
Por ano, são realizados 05 Cursilhos na Diocese, sendo 02 voltados para homens, 02 para mulheres e 01 para jovens. O coordenador informa que, agora mais recentemente, será realizado o 96º Cursilho para Homens, entre 29 de agosto e 1º de setembro, e o 95º Cursilho para Mulheres, entre 05 e 08 de setembro. O Cursilho de Jovens foi realizado no final de junho.
Os Cursilhos contam com momentos de formação religiosa, lazer e reza. Uma equipe formada por cristãos leigos, juntamente com um sacerdote, são responsáveis por conduzir cada edição. Conforme o professor Edinho, os ex-participantes passam a atuar nos diferentes segmentos da sociedade na evangelização, dando o testemunho de vida cristã.
“Quem participou tem uma missão de engajamento nas paróquias, através da prestação de serviços comunitários”, reforça.
Da Redação
Cursilhistas testemunham mudança de vida
“Muita coisa mudou. Minha esposa e eu tivemos a graça em 1986 de sermos abençoados com esse presente de participar do 11º Cursilho da Diocese de Foz do Iguaçu, no Paraná. Entendemos a mensagem e fizemos uma opção de vida de lá para cá. Tenho uma história antes e outra após o Cursilho. Passamos a nos colocar à disposição da evangelização, dos irmãos mais necessitados e enxergando no rosto de cada pessoa, independente de credo, cor ou posição social, a imagem e semelhança de Deus. O Cursilho nos propiciou isso. Foi uma transformação radical. Desde que aqui chegamos, nunca abandonamos o Cursilho”.
Miguel Weber, agropecuarista e empresário
“Fiz o Cursilho em setembro de 1992, o de número 51. Até fazer o Cursilho, eu era batizado, frequentava esporadicamente a missa e não entendia nada do que era a Igreja. Foi a partir do Cursilho que despertei para conhecer a doutrina e
participar, de fato, da Igreja. Fiz curso de ministro da Eucaristia e ministro da Palavra, entre outros. Através do Cursilho, tive um encontro com Jesus e abracei a causa da Igreja Católica e me engajei. Nunca deixei de acompanhar o Movimento de Cursilho, sempre estando presente. Também trouxe grande transformação na minha família. É coisa de Deus!”
Ademar Fagundes Chaves, empresário e corretor de imóveis
“Eu participei em 2010 do Cursilho. Foi uma renovação da minha fé, no conhecimento sobre a Igreja, sobre o que é Igreja e sobre o que ela nos traz de benefício. Incentivou-me a colocar na prática uma vivência. O Cursilho traz a prática de ser atuante na comunidade, em estar auxiliando o próximo. Já estou me preparando para, daqui a cerca de 30 dias, estar auxiliando mais um grupo de Cursilho. É um trabalho contínuo de aprendizado, de cooperação, de estar ajudando ao próximo…”
Elaine Bonfante, bancária.
“Dentre os vários carismas que existem dentro da Igreja, o Movimento de Cursilho de Cristandade se apresenta com o objetivo de incentivar a conversão do cristão ao projeto de Jesus Cristo, a fim de que viva com perseverança e
compromisso o seu batismo. O Movimento de Cursilho, para mim, foi um divisor de águas. Até então, era um cristão por tradição: frequentava a Igreja, mas não a conhecia a fundo. Tem um ditado que só se ama aquilo que conhece e ninguém esquece aquilo que se ama. Passei a conhecer melhor a Igreja, o porquê dos rituais, da celebração. Passei a ter mais consciência do que é cristão. Precisamos estar atentos ao chamado de Deus. Estou perseverando há 22 anos, procurando ser dentro dos ambientes que vivo um cristão comprometido”.
Clemente Ferreira Souza, empresário
“O Cursilho tem sido uma bênção para a Diocese”, diz bispo
O bispo da Diocese de Rondonópolis, dom Juventino Kestering, enfatiza que o Movimento de Cursilho teve um importante papel junto à comunidade rondonopolitana nesses 41 anos. “Eu vejo como um movimento que chegou e assumiu uma missão evangelizadora, principalmente, fazendo o resgate da presença dos homens na Igreja”, entende.
Conforme dom Juventino, através do Movimento de Cursilho, muitas famílias foram resgatadas e muitos casais passaram a se inserir na comunidade, nos serviços das paróquias. “Creio que o movimento tem sido uma bênção para a Diocese, especialmente para Rondonópolis. Os cursilhistas estão presentes no dia-a-dia das atividades da Igreja”, acrescenta.
O bispo observou ainda que muitos homens e mulheres que ocupam atualmente cargos de liderança na Diocese participaram do Cursilho e são testemunhos da fé dentro da sociedade local. “O Cursilho tem deixado muitos frutos em Rondonópolis”, afirma.
