–> LIBERADO –> Uma nova negociação comercial promete dar muito o que falar nos próximos meses em Rondonópolis. O alvo das discussões é o futuro do prédio que era do Grupo André Maggi, conhecido popularmente como prédio da Amaggi, uma das empresas do conglomerado, na Avenida Presidente Médici. O prefeito Percival Muniz quer impedir que o moderno prédio seja derrubado e, para isso, propõe negociar o espaço com os novos proprietários. A intenção do prefeito é acomodar no prédio em questão secretarias ou departamentos da administração municipal, que hoje pagam aluguel de espaços ou estão em locais que não suportam mais a demanda atual.
As informações de conhecimento da administração municipal são de que o prédio do Grupo André Maggi foi vendido para a Unimed Rondonópolis, que, por sua vez, revendeu o espaço para o Grupo Pão de Açúcar, o maior grupo varejista do Brasil. As negociações envolveram cifras milionárias. A princípio, o projeto do grupo varejista é derrubar o imponente prédio, que não serve para a estrutura de supermercado, e construir no espaço uma unidade com a bandeira Assai Atacadista, concorrente direto do Atacadão. Apesar disso, o líder do prefeito da Câmara Municipal, o vereador Aristóteles Cadidé, destaca que as negociações não estão formalizadas ainda em cartório ou na Prefeitura de Rondonópolis.
Diante da situação, Cadidé explicou ao Jornal A TRIBUNA que o prefeito entende que há inúmeras outras possibilidades de áreas que atenderiam aos anseios do Grupo Pão de Açúcar, livrando da demolição um dos prédios mais modernos, funcionais e imponentes de Rondonópolis, o qual pode servir grandemente para a administração pública. Para ficar com o espaço do prédio que foi do Grupo Maggi, o líder do prefeito diz que a administração está disposta a oferecer ao grupo varejista uma outra área, de igual valorização ou atratividade comercial, além de incentivos fiscais. Uma das opções seria a permuta do espaço com área pública municipal ou, até mesmo, a aquisição de área do interesse do grupo varejista pela Prefeitura, a qual seria transferida na sequência.
Cadidé deixou claro que a Prefeitura não tem interesse algum de emperrar ou dificultar os investimentos do Grupo Pão de Açúcar em Rondonópolis. Em termos de gestão pública, destacou que a posse do prédio em questão seria um importante investimento no patrimônio público, com economia ao longo dos anos aos cofres municipais. Nesse contexto, exemplificou que hoje são várias as secretarias municipais que estão em prédios alugados, a exemplo do Trânsito e Transportes, Ação Social, Habitação, entre outras. Há inclusive secretarias, como a de Educação, que cresceram demais e hoje estão com espaços apertados junto com a Saúde. Da mesma forma, o Paço Municipal, na Vila Aurora, está pequeno para todas as secretarias da governança municipal. “A Prefeitura também quer diminuir custos com a estrutura pública toda espalhada, pagando aluguel”, reforçou.
“A intenção do prefeito é conseguir convencer o Grupo Pão de Açúcar de que há outras possibilidades de área para se investir na cidade”, acrescentou Cadidé.
Áreas da antiga rodoviária e do antigo aeroporto serão oferecidas
A Prefeitura de Rondonópolis dispõe de várias áreas a serem oferecidas em uma possível negociação a ser aberta com o Grupo Pão de Açúcar, em relação ao prédio que foi Grupo André Maggi, na Presidente Médici.
Fazendo parte do grupo de apoio ao prefeito Percival Muniz, Élio Rasia, futuro promotor (secretário) de Atração de Novos Investimentos, entende que há algumas áreas urbanas muito importantes que precisam ser ocupadas, entre elas a da antiga estação rodoviária, no centro de Rondonópolis, e do antigo aeroporto, na saída para Cuiabá.
Élio Rasia anunciou que o prefeito terá uma reunião com representantes do Grupo Pão de Açúcar para discutir a situação do prédio em questão no próximo dia 19 de fevereiro, no Paço Municipal. Ele está otimista em um possível entendimento com o grupo varejista. “Não dá para passar a máquina e derrubar toda aquela estrutura”, entende.
Câmara Municipal apóia prefeito em adquirir novo prédio
A negociação do prédio que pertencia ao Grupo Maggi, na Avenida Presidente Médici, mereceu atenção redobrada dos vereadores na sessão da semana passada da Câmara Municipal. Os vereadores, inclusive, aprovaram o direito de preferência da Prefeitura na aquisição desse imóvel – o direito de preempção.
Na sessão em que o assunto foi debatido, o prefeito chegou a ligar aos vereadores e explicar as motivações do poder público em ficar com o prédio. Na ocasião, houve duas ausências e 18 votantes. Dezesseis vereadores votaram a favor da proposta da Prefeitura e dois contrários, Hélio Pichioni e Lourisvaldo Manoel.
