–> LIBERADO –> As altas temperaturas e os baixíssimos índices de umidade do ar têm castigado os rondonopolitanos nos últimos dias. A umidade relativa do ar chegou nesta terça-feira (04/09) ao impressionante índice de 10%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com base na estação automática de Rondonópolis. Esse índice indica alerta máximo à população segundo escala da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para piorar a situação, o Inmet registrou a temperatura de 39,9ºC e, em muitos momentos do dia, não foi registrado vento algum em Rondonópolis. O Instituto aponta ainda que faz mais de dois meses que não chove no município, já que as últimas chuvas ocorreram em junho de 2012. Assim como ocorre em regiões de deserto, no período da noite, as temperaturas têm caído na cidade. O Inmet registrou a mínima de 16,7ºC nesta terça-feira.
Os dados requerem atenção das autoridades de saúde e da população. De acordo com a escala da OMS, os índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% são considerados preocupantes. Nesse percentual, os índices entre 20% e 30% indicam estado de atenção; entre 12% e 20%, de alerta; e abaixo de 12%, de alerta máximo.
Esse período do ano é considerado crítico nos principais pronto atendimento existentes em Rondonópolis, com aumento substancial nos atendimentos. O diretor clínico do Pronto Atendimento da Unimed, que funciona na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, João Cássio Muniz, explica que os casos mais comuns nesta época são os problemas respiratórios.
Conforme o médico João Cássio, crianças e idosos são os que mais sofrem nesse período extremamente seco. Também sofrem muito pessoas com doenças como asma e bronquite. Ele explica que o tempo seco causa uma irritação grande nas vias aéreas, que acaba trancando o nariz e forçando a respiração pela boca. Com isso, as pessoas ficam expostas às bactérias, causando laringite, faringite, amigdalite ou ainda sinusite, com sangramentos pelo nariz.
Em Rondonópolis, com o uso intenso do ar-condicionado, João Cássio alerta que os problemas se agravam. O tempo seco, segundo o médico, favorece ainda à evolução de casos de gripe em pneumonia. Nesse contexto, as inalações acabam sendo mais indicadas para pessoas com asma, bronquite e laringite com tosse.
O médico recomenda o uso do umidificador de ar nas casas nesse período, assim como bacias com água, passar pano úmido no chão ou estender toalha molhada, principalmente durante o período do sono. Outra orientação é tomar bastante líquido, comer mais frutas e evitar exercícios físicos durante o dia. Além disso, para não piorar ainda mais a qualidade do ar, alerta sobre a importância de não por fogo no lixo e evitar queimadas.
CUIABÁ – Conhecida pelas altas temperaturas, a capital Cuiabá registrou, segundo o Inmet, a máxima de 40,1ºC e a mínima de 11% de umidade relativa do ar nesta terça-feira (04/09).
