O currículo da Espanha é insignificante perto da quantidade de títulos do Brasil. Mas é cegueira não reconhecer que a seleção europeia vem sendo copeira nos últimos anos. Bem mais do que a equipe verde-amarela, inclusive. A decisão da Copa das Confederações é a quarta na qual a Espanha chega em cinco anos. Nas três anteriores, os espanhóis ganharam.
A sequência começou em 2008, com o título da Eurocopa, batendo a Alemanha na final. Teve sequência em 2010, com a conquista do Mundial na África do Sul. E ganhou novo capítulo em 2012, com novo título da Eurocopa.
Curiosamente, o único campeonato no qual a Espanha não alcançou a final desde 2008 foi a Copa das Confederações de 2009. Caiu nas semifinais, com derrota de 2 a 0 para os Estados Unidos.
A ironia é que foi o Brasil quem venceu o torneio. E aquele foi justamente o único título verde-amarelo neste período de soberania espanhola.
A Espanha vê a Copa das Confederações como o título que falta a esta geração tão vencedora. Em 2008, quando começou a caminhada de conquistas, a Espanha já tinha uma série de jogadores que segue formando o elenco – casos de David Villa, Fernando Torres, Xavi, David Silva, Fabregas, Casillas, Iniesta.
A mesma turma seguiu unida nos títulos seguintes. Com uma ou outra mudança, dentro de uma ideia de renovação que o técnico Vicente del Bosque não faz questão de forçar, ganhou a Copa do Mundo e nova Eurocopa. Foi um crescimento gradativo, calculado. “Esta seleção tem jogadores vindos das categorias inferiores. São jogadores campeões do mundo, campeões da Europa. Temos um esquema de jogo, uma maneira de tocar a bola. Seguimos competindo em alto nível. Conquistar títulos não é fácil”, orgulha-se o goleiro Casillas, uma das principais referências da Espanha.
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