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, 15 maio 2024
 
 

Empresa inglesa jamais organizou jogo de futebol

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A empresa que vai organizar cerca de 70 amistosos da seleção brasileira durante toda uma década, a Pitch International, jamais realizou um só jogo antes de obter o contrato com a CBF. O acordo foi anunciado em agosto e, desde então, várias polêmicas foram reveladas. Nesta segunda-feira, o vice-presidente da CBF, Marco Polo del Nero, afirmou não existir nenhum plano para renegociar o compromisso.
Quatro meses antes de deixar a CBF, Ricardo Teixeira fechou um contrato com a saudita ISE, dando todos os direitos sobre a seleção até 2022. Os árabes optaram por desfazer a parceria que mantinham com a suíça Kentaro e fecharam um acordo para operar os jogos com a Pitch, empresa com sede em Londres. Em contato com a reportagem, uma representante da Pitch admitiu que a empresa não tem experiência nessa área.
“Não organizamos jogos. Somos vendedores de direitos de tevê”, esclareceu, negando-se a revelar seu nome. Ao ser questionada sobre o caso do Brasil, ela se corrigiu e informou que, no caso da CBF, a companhia de fato organizaria os amistosos. Mas optou por cortar a conversa: “O senhor por favor poderia mandar suas perguntas por e-mail?”, pediu, irritada.
A reportagem tentou contato com Jonathan Rogers, diretor-gerente da empresa. Mas ele não respondeu ao e-mail enviado. Em agosto, a reportagem já havia solicitado uma entrevista, também sem sucesso. O e-mail endereçado à secretaria da empresa também não foi respondido.
Ao anunciar a parceria, o comunicado de meados de agosto trazia declarações da CBF elogiando a empresa. “Ao se aproximar da Copa de 2014 no Brasil, amistosos da seleção são de importância vital e estamos encantados de que a Pitch International irá organizá-los e comercializá-los”, indicou Del Nero. Neste ano, ocorreram jogos contra China e África do Sul. Em outubro, a seleção enfrentará o Iraque.
No site da empresa, a única referência à realização de jogos é o comunicado de imprensa sobre a seleção brasileira. Na explicação de sua função, a Pitch apenas cita o fato de ser “uma agência líder no marketing esportivo, especializada na representação de direitos para entidades como federações esportivas, clubes, detentores de direitos e agências, vendendo mundialmente para emissoras de tevê, distribuidores de vídeo/DVD, agência de mídia e patrocinadores”.
A reportagem revelou nos últimos dias uma série de polêmicas em torno do contrato com a CBF. O executivo que fechou acordo com Ricardo Teixeira para dar à empresa saudita ISE os direitos sobre a seleção já era velho conhecido do cartola brasileiro: Dirk Hollstein havia sido funcionário da ISL, a companhia que ganhou notoriedade mundial ao ser condenada por pagar subornos justamente ao ex-presidente da CBF durante os anos 90. O acordo ainda prevê que a CBF receba 15% a menos que o que ganhava com a parceria anterior, de 2006 com a suíça Kentaro. Isso mesmo diante de um mercado do futebol em plena expansão.
Del Nero questionou reportagens que foram divulgadas no Brasil de que a CBF estaria recebendo menos. “Não sei se são esses os valores”, questionou. Sobre uma eventual renegociação, o cartola deixou claro que isso não está previsto. “Não há nada nesse sentido”.
Se não bastasse, a ISE é citada em auditoria da PricewaterHouse por ter pago o que aparenta ser subornos a Mohamed Bin Hammam, ex-candidato para a presidência da Fifa, aliado de Ricardo Teixeira e que foi suspenso do futebol por denúncias de que tentou comprar votos.

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