O Corinthians abriu oficialmente, nesta quinta-feira, as portas para ganhar dinheiro no futebol chinês. Com a ousada contratação do meia Chen Zhi-Zhao, o clube espera fazer intercâmbio com um mercado emergente que vem investindo pesado na modalidade. Trazer o Messi asiático servirá na busca de parceiros para patrocínios, seja no uniforme ou mesmo na futura Arena e na internacionalização da marca. Uma jogada de marketing inédita no futebol nacional, com espelho nas potências da Europa que enchem os cofres fazendo pré-temporada e amistosos pela China.
“Não podia fazer uma parceria com os ingleses. Lá seriam hooligans ou chá da tarde. Também não daria no Japão. A similaridade da nação Corinthians é a chinesa, um povo extremamente emotivo, trabalhador, sofrido”, discursou o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg, lutando para garantir que a parceria é com visão futebolística.
“É triste eles não terem um futebol à altura do ping-pong, do badminton, do tênis de mesa. Queremos levar o talento lá e trazer os jovens para se aprimorarem aqui. O primeiro passo é a vinda do Zizao. Eles são loucos como a gente. Apaixonados por futebol. Imagine quando descobrirem tudo isso? Vou vender mais camisas lá na China do que aqui”, afirmou Rosenberg.
O jogador foi apresentado no salão nobre do Parque São Jorge, honra que, recentemente, só tiveram o uruguaio Acosta em 2008, Ronaldo, em 2009, e Roberto Carlos, em 2010. O chinês recebeu o número 200 nas costas da sua camisa, uma referência à comemoração do bicentenário da imigração chinesa para o Brasil. Durante todo o evento, o Corinthians tentou deixar claro que se tratava de uma ação buscando se aproximar do mercado chinês. Usou cores vermelhas e objetos típicos na decoração e organizou também uma apresentação com dois leões chineses movimentados por pessoas. Zizao agradeceu e beijou por três vezes o símbolo corintiano na camisa do uniforme.
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