O Santos anunciou nesta sexta-feira a renovação do contrato do técnico Muricy Ramalho até dezembro de 2012. O novo acordo estava sendo discutido há mais de um mês, mas as duas partes já tinham manifestado interesse pela continuidade do trabalho – o antigo vínculo terminaria em abril, exatamente um ano depois dele ter chegado ao clube.
“A vontade do clube era fazer um contrato mais longo, mas acho que está bom assim. Se houver interesse em prolongar o contrato, voltaremos a conversar no meio do ano”, explicou Muricy. Ele também afirmou que se fosse presidente de clube, não faria contrato longo com treinador porque, em caso de rescisão, fica pesado demais.
O novo salário de Muricy é mantido em segredo pelas partes. Mas é provável que ele tenha recebido um bom reajuste, porque, em menos de um ano de clube, ganhou os títulos do Paulistão e da Libertadores. Pelo contrato anterior, o treinador ganhava R$ 450 mil por mês, além dos R$ 2 milhões que recebeu de luvas ao assinar o compromisso e dos altos prêmios por objetivos atingidos – R$ 1,5 milhão pelo Paulistão, R$ 2,5 milhões pela Libertadores e mais R$ 3 milhões se faturar o Mundial.
“Seu eu ganhasse por títulos conquistados, estaria milionário”, brincou Muricy, na entrevista coletiva desta sexta-feira, no CT Rei Pelé. Ele revelou que recebe propostas interessantes a todo momento e que não se considera mais um técnico com necessidade de se segurar ao emprego. “O Santos paga bem e em dia. E é o time da moda. Estou contente aqui e pretendo ficar por um tempo, mas não é necessário assinar contrato mais longo.”
O motivo para Muricy ter recusado a proposta do Santos para fazer um contrato de dois anos é que ele quer ter o direito de ir embora no momento em que não se sentir mais à vontade. Foi o que aconteceu quando ele abandonou no começo do ano o Fluminense, onde ganhava R$ 700 mil mensais, alegando que o clube não cumpriu a promessa de lhe dar melhor estrutura para trabalhar.
