A situação de Dagoberto no São Paulo vai de mal a pior. O atacante parece ser a primeira vítima da eliminação da equipe da Copa Libertadores. Na verdade, antes mesmo dos confrontos com o Internacional ele já estava na corda bamba, mas agora seu futuro parece cada vez mais longe do Morumbi.
O atacante perdeu a posição com a saída do técnico Ricardo Gomes No treinamento desta quarta-feira, o interino Sérgio Baresi não o colocou em momento algum entre os prováveis titulares para o jogo de domingo, contra o Cruzeiro.
A decisão de sacar Dagoberto do time partiu da diretoria, mais explicitamente de Juvenal Juvêncio. O presidente tricolor, assim como os seus principais aliados, acham que o atacante já deu o que tinha que dar para o clube. “É normal a cobrança. O time foi eliminado da Libertadores. Não se pode culpar só o Dagoberto”, defende seu empresário, Marcos Malaquias.
O atacante foi cortado do jogo contra o Atlético-PR, no último domingo, na Arena da Baixada, sob a alegação de que seria uma partida de alto risco para ele devido à briga em que se envolveu para deixar o time paranaense. Mas Malaquias nega que a atitude tenha partido do atleta. “O Dagoberto pediu para jogar contra o Atlético. Ele ligou para meu irmão (Naor Malaquias, que trabalha com Marcos) reclamando, mas a diretoria achou melhor não levá-lo para o jogo. Temos que respeitar a decisão”, disse o empresário do atleta, que tem contrato com o São Paulo até dezembro de 2012
Claramente incomodado com a situação, Dagoberto tem treinado mal e sua situação só piorou com a chegada de Ricardo Oliveira. Sob a batuta de Ricardo Gomes, ele conseguiu se manter no time, fazendo com que Fernandão fosse recuado para o meio. Mas a eliminação na Libertadores – acentuada por sua péssima atuação no primeiro confronto com o Inter – foi a gota d’água. “O Baresi já conversou comigo e disse que vou voltar a jogar mais no ataque”, disse Fernandão.
Os dirigentes mais ligados a Juvenal não escondem a irritação com a displicência do atleta durante os jogos e treinos. Ironizam falando que “craque era o Dagoberto dos tempos de Atlético-PR” e que não veem a hora de se livrar do que está no Morumbi. Essa vontade existe desde o ano passado. O problema é que as propostas que chegam pelo atacante são muito baixas, bem menos do que os R$ 5 milhões pagos pelo São Paulo para contratá-lo em 2007. O Atlético de Madrid e o Nantes foram alguns dos clubes que já manifestaram interesses em contar com o jogador.
PASSAPORTE VALIOSO – A esperança de Juvenal é que Dagoberto acerte com algum clube europeu por ter passaporte francês. Enquanto isso, o jogador segue no elenco, mas sem muita expectativa. Tanto que Lucas Gaúcho já foi promovido dos juniores e Marcelinho, embora atue no meio, também pode disputar o posto de reserva da dupla Fernandão e Ricardo Oliveira.
