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, 16 maio 2024
 
 

Inocentes são baleados na “guerra” do Rio

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Um cenário típico de guerra tomou conta dos morros do Rio de Janeiro
Um cenário típico de guerra tomou conta dos morros do Rio de Janeiro

Os confrontos no Complexo do Alemão deixaram pelo menos cinco civis baleados, entre eles uma criança, duas senhoras e um jornalista que trabalhava na cobertura da operação.
A criança se chama Giovana Isabela, de apenas 3 anos de idade, e estava dentro de casa quando levou um tiro de raspão no braço esquerdo, mas já teve alta. Outro ferido foi o fotógrafo Paulo Whitaker, da agência de notícias Reuters, que levou um tiro no braço esquerdo na altura do ombro no Morro da Grota e foi transferido para o Hospital Pasteur, no Meier. Ele foi ferido por volta das 18h na Rua Itararé, na entrada da Grota. Paulo contou aos médicos que ele mesmo tirou a bala do braço.
Além deles, duas senhoras – Luiza de Moraes, de 61 anos, e Eliane de Almeida Machado, de 62 anos – foram alvejadas por balas perdidas e continuavam internadas. A primeira foi atingida por estilhaços de tiros no abdômen e a segunda foi baleada na panturrilha esquerda.
MORTES
A PM do Rio informou que até o fim da tarde de ontem, ao menos 39 pessoas haviam morrido após a onda de ataques que ocorrem no Estado desde domingo. Este número inclui tanto supostos traficantes quanto inocentes baleados durante as incursões realizadas em várias favelas. O balanço informava ainda que ao menos 197 pessoas haviam sido presas ou detidas e várias armas, drogas e materiais explosivos e inflamáveis também foram apreendidos. Por enquanto, pelo menos 97 veículos foram incendiados em ataques no Estado.
Só nesta sexta-feira, pelo menos quatro suspeitos foram mortos em confrontos com policiais. Uma das mortes ocorreu em São Cristóvão, outro no Morro do Juramento e o terceiro, identificado como “Thiaguinho G3′, em Inhaúma.
Segundo o balanço, dois suspeitos foram detidos em Mesquita, onde foram apreendidos uma pistola e um revólver. Em São Cristóvão, oito coquetéis molotov, uma garrafa de gasolina e um revólver 38 foram apreendidos. Um foi preso. Já no Morro do Juramento, uma pistola 380 foi encontrada.
Nesta sexta, até o fechamento desta edição, dez veículos haviam sido incendiados – seis carros, três ônibus e um caminhão. (Fonte: Agência Estado)

Ministro da Defesa
garante apoio irrestrito

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu ontem (26) apoio irrestrito do governo federal às ações desenvolvidas pelo governo do Rio para combater o tráfico de drogas e a onda de crimes cometidos nos últimos dias pelos bandidos no estado.
Jobim, que participou de uma reunião com o governador Sérgio Cabral, as forças de segurança do estado e a cúpula das Forças Armadas, deixou claro que o governo estadual será atendido em todas as solicitações necessárias ao cumprimento da ação de repressão ao tráfico.
Segundo o ministro, não se trata de colaboração das forças federais ou do governo federal e sim do cumprimento de um dever para com o governo estadual, que é o atendimento de um pedido de apoio feito ao presidente da República. “E esse apoio será dado dentro das necessidades que forem decorrentes das operações que vão surgir ao longo das ações da polícia fluminense”, afirmou Jobim.
O ministro lembrou que, inicialmente, a solicitação do apoio do governo do Rio dizia respeito apenas à parte logística, traduzida nos tanques da Marinha que atuaram anteontem (25) no apoio à invasão e ocupação do complexo de favelas da Vila Cruzeiro. No entanto, a partir da fuga dos bandidos para o Complexo do Alemão, foi preciso que o apoio fosse dado também com homens.
Jobim acrescentou que, a partir daí, o governo entendeu que era preciso incluir nas ações cerca de 800 militares da Brigada de Paraquedistas, que trazem “uma larga experiência” por sua atuação no Haiti e que ajudarão na garantia da lei e da ordem. De acordo com o ministro, a Secretaria de Segurança é que vai determinar a linha de ação para esses militares, muito experientes em áreas de conflito.
Ele ressaltou, porém, que caberá às Forças Armadas a missão de fechar o perímetro em torno do Complexo do Alemão e de dar apoio logístico no transporte de tropas. “Serão áreas nítidas de atuação definidas pela própria Secretaria de Segurança. Trata-se de uma operação única, composta por módulos cuja estratégia e prioridade serão definidos pelo governo estadual”, acrescentou o ministro.
De acordo com o ministro, está ocorrendo agora uma mudança de paradigma nas relações entre as forças federais e estaduais, e não há possibilidade de atritos nessas relações. “Chegamos a um ponto em que o confronto é necessário para termos um estado com paz e tranquilidade”, afirmou Jobim. Ele destacou a coragem do governador Sérgio Cabral pela decisão tomada. “É uma operação de risco e alguns políticos não gostam de correr risco”, concluiu.

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