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Rondonópolis
, 11 maio 2024
 
 

Para polícia, Bruno planejou usar período da Copa para matar Eliza

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Delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais: “já estava tudo previamente planejado desde maio”
Delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais: “já estava tudo previamente planejado desde maio”

O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, disse ontem, 30, que o goleiro Bruno Souza planejou usar o período da Copa do Mundo, que aconteceu entre o início de junho e o início de julho na África do Sul, para sequestrar e matar Eliza Silva Samudio, de 25 anos, sua ex-amante. Para Moreira, o período foi escolhido pela ausência de jogos do clube Flamengo. “Já estava tudo previamente planejado desde maio”, disse o delegado.
Como o jogador não foi apontado como o executor de sua ex-amante, o delegado o classificou como “autor intelectual” e disse que Marcos Aparecido dos Santos, o Bola já estava contratado desde fevereiro para executar o crime. Ainda segundo o chefe da investigação, já foi solicitada a conversão das prisões temporárias dos suspeitos em preventivas, que valem até o fim de um possível julgamento.
O inquérito sobre o desaparecimento de Eliza foi concluído na quinta-feira, 29. Bruno e mais oito pessoas foram indiciadas por homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e não possibilitou a defesa da vítima), formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
O Ministério Público de Minas Gerais informou que recebeu o inquérito no início da tarde de ontem. O documento tem 1,6 mil páginas e foi entregue ao promotor Gustavo Fantini. Ele tem até o dia 6 de agosto para decidir se oferece denúncia contra os indiciados. A promotoria também pode denunciar ou pedir novas diligências.
PROVAS
As provas técnicas incluídas pela Polícia Civil de Minas Gerais no inquérito que indiciou o goleiro Bruno de Souza e outros oito adultos pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio destacaram os registros feitos pelas antenas de telefonia celular.
Segundo o relatório, o sistema de telefonia registrou trajetos que coincidem com o deslocamento de Eliza do Rio de Janeiro a Minas Gerais e com a ida dela do sítio de Bruno até a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, onde a polícia afirma que ela foi executada, no dia 10 de junho.
A polícia afirma, que os dados obtidos com a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos coincidem com os depoimentos prestados e demonstram a ligação entre eles. Os dados do sistema de localização GPS da Range Rover, de propriedade de Bruno e conduzida por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também reforçam as versões apresentadas em depoimentos. O sangue encontrado no carro é de Eliza Samudio, assim como um par de sandálias e óculos escuros que foram reconhecidos pelas amigas do Rio.
As provas técnicas incluem a fralda tamanho P/M encontrada em uma das suítes do motel em Contagem que teriam sido ocupadas por Eliza, o filho, Bruno, Fernanda, Macarrão e o adolescente. Além das fotos queimadas do bebê achadas em um ponto próximo à cerca do sítio de Bruno. Também foram incluídos diversos laudos de perícias nos computadores de Eliza e Macarrão, que demonstraram a existência de fotografias da criança e de Bruno, de um contrato, no notebook de Macarrão, a ser firmado entre Eliza e Bruno, com data de 8 de junho de 2010 (quando ela estava no sítio) e uma procuração em branco.
As gravações de entrevistas feitas pelos suspeitos, pelo irmão de Dayanne e pelo tio do menor à imprensa foram anexadas ao inquérito, bem como o vídeo gravado por Eliza na saída de uma delegacia no Rio de Janeiro, onde ela denunciou ter sido forçada a beber substâncias abortivas.
O pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, foi até o Departamento de Investigações, ontem. Ele chorou durante a entrevista do delegado. Segundo ele, “ainda tenho esperança de encontrar o corpo e prestar a última homenagem.” (Fonte: Agência Estado)

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1 COMENTÁRIO

  1. Esperamos que justiça seja de fato feita, que os culpados paguem por seus atos na prisão por longos anos em regime fechado, de preferência não menos do que 30 anos.

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