O Ministério da Saúde divulgou ontem o balanço dos últimos 12 meses da Lei Seca. Segundo o Ministério, foram 2.302 mortes a menos em todo o País, reduzindo de 37.161 para 34.859 os óbitos causados pelo trânsito. As mortes provocadas por acidentes de trânsito tiveram redução de 6,2%.
As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-32%), Espírito Santo (-18,6%), Distrito Federal (-15,1%), Alagoas (-15,8%), Santa Catarina (-11,5%), Bahia (-6,1%), Paraná (-5,9%) e São Paulo (-6,5%). Ao todo, houve redução de mortes em 17 Estados.
A taxa de mortalidade – que mede o risco de morte em acidentes de trânsito – também caiu. No ano anterior à lei, havia 18,7 mortes por 100 mil habitantes. No período seguinte à publicação da norma, a taxa estava em 17,3 por 100 mil – redução de 7,4%.
O Rio de Janeiro é o Estado com menor taxa de mortalidade do País, com 8,5 mortes no trânsito por 100 mil habitantes. São Paulo tem o maior número absoluto de óbitos (7.150). O ranking dos Estados é encabeçado por Mato Grosso (46,2), Goiás (39,6) e Roraima (34).
“Houve tendência de redução no número de pessoas que dizem beber e dirigir, mas essa redução é lenta. Temos que usar a lei com todo vigor, com presença na rua, educação, prevenção, multa. Só assim vamos conseguir construir uma nova consciência nos motoristas, de que bebida e direção não combinam”, disse o ministro José Gomes Temporão.
O levantamento do Ministério da Saúde aponta para a importância de se manter as campanhas de conscientização e as blitze. Segundo dados do Vigitel, inquérito telefônico do Ministério da Saúde que monitora os fatores de risco para a saúde da população, 2,1% das pessoas relataram terem dirigido após consumo excessivo de álcool em 2007, ano anterior à Lei Seca.
Em 2008, quando foi publicada, esse índice caiu para 1,4%. No ano seguinte, houve ligeiro aumento – 1,7%da população relatou ter dirigido após beber. A pesquisa mostra ainda que os adultos de 25 a 34 anos (2,1%) e de 35 a 44 anos (2%) são os que mais conduzem seus carros depois de ingerir bebida alcoólica. (Fonte: Agência Estado)
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