22.1 C
Rondonópolis
 
 

Safras & Mercado

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

safras

MILHO: ausência de vendedor

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de pouquíssimos negócios e preços praticamente estáveis. O comprador até que buscou o cereal, mas o vendedor não quis negociar. Este está aproveitando as altas constantes na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), aguardando por preços mais vantajosos, segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
O plantio de milho da safra de verão, na região Centro-Sul, chegou a 43,2% da área estimada até 11 de outubro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. A área de cultivo deve ocupar 5,114 milhões de hectares, contra 5,878 milhões do ano anterior. No ano passado, em igual período, o plantio atingia 42,1%.
A média semanal de preços (de 14 a 17/10) no porto de Paranaguá foi de R$ 24,07. No estado do Paraná, a cotação em Cascavel ficou a R$ 20,00.  No Rio Grande do Sul, preço em R$ 24,50, em Erechim. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou em R$ 15,00.

SOJA: maior safra da história

A produção brasileira de soja na temporada 2013/14 deverá totalizar 89,453 milhões de toneladas, com aumento de 9% na comparação com a safra anterior, que ficou em 82,125 milhões de toneladas. A previsão faz parte de levantamento divulgado por SAFRAS & Mercado. No relatório anterior, divulgado no dia 29 de julho, a previsão era de safra de 88,172 milhões de toneladas.
A estimativa de área plantada passou de 27,905 milhões de hectares em 2012/13 para 29,265 milhões na atual temporada, com aumento de 5%. SAFRAS trabalha com rendimento médio de 3.057 quilos por hectare, superando os 2.949 quilos obtidos no ano passado.
O Mato Grosso deverá seguir líder no ranking de produção nacional, com safra estimada em 26,208 milhões de toneladas, representando um crescimento de 11% sobre as 23,6 milhões de toneladas obtidas em 2012/13. A produção do Paraná deverá ter um crescimento de 1%, totalizando 16,005 milhões de toneladas.
Os produtores gaúchos deverão colher 13,496 milhões de toneladas, com aumento de 7% sobre a safra passada, que totalizou 12,6 milhões de toneladas. O levantamento indica aumentos generalizados, tanto de área como de produção, nos estados produtores da oleaginosa, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.

BOI: animais confinados interferem

No mercado físico do boi gordo foi verificado aumento da oferta de confinados. Essa situação acarretou em bom posicionamento das escalas de abate. Com isso, os frigoríficos conseguiram recompor os seus estoques e atender a demanda durante a primeira quinzena do mês.
Com o avanço das escalas, os frigoríficos abriram a semana reduzindo o preço de balcão. A situação ainda é mais complicada para os frigoríficos de menor porte. No entanto, os avanços são nítidos se comparado a semanas anteriores, em que os frigoríficos operavam muito abaixo da capacidade.
Com o aporte dos contratos a termo e também dos confinamentos próprios, os frigoríficos de maior porte desfrutam de uma situação mais confortável. Por conta desse quadro, a expectativa é que o preço de balcão volte a ceder no decorrer da semana.
A oferta de confinados segue como a variável chave durante o mês de outubro. O volume de confinados ainda está abaixo da normalidade, no entanto a oferta deve aumentar de maneira gradual durante o mês. Portanto, sem os estímulos ao consumo durante a segunda quinzena, a perspectiva é por preços ainda mais baixos.
As indústrias têm seus contratos de exportação para cumprir e também manter o mercado interno abastecido, os quais apresentam significativos sinais de aquecimento, embora as indústrias resistirem à pretensão dos pecuaristas o preço da arroba está em queda.
A recuperação das vendas no mercado atacadista está abaixo da
expectativa porém o volume de exportação está em curva ascendente, mas não é suficiente para manter em elevação o valor da arroba . As escalas médias de abate continuam situadas entre três a cinco dias, conforme boletim semanal divulgado pelo SINDIFRIO.
A média semanal de preços (de 14 a 17/10) em São Paulo foi de R$ 109,80. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou inalterado, a R$ 107,00.  Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 104,00. Em Mato Grosso, preço esteve a R$ 97,44.
No atacado, a média semanal foi de R$ 8,58 nos cortes de traseiro e de R$ 4,66 nos cortes de dianteiro.

ALGODÃO: firmeza

O aperto no quadro de oferta e demanda na temporada 2013/14 segue garantindo preços firmes no mercado doméstico de algodão. No CIF de São Paulo, a indicação estava por volta de R$ 2,15 por libra peso (41-4 para pagamento em 08 dias) no dia 15. “Também é interessante notar que, depois da alta volatilidade apresentada em agosto, durante setembro e a primeira quinzena de outubro os preços apresentaram oscilações moderadas”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
Durante o mês de agosto, a diferença entre a mínima (R$ 2,02/libra-peso) e a máxima (R$ 2,28/libra-peso) havia sido de 18,87%. Em setembro, a mínima foi de R$ 2,09/libra-peso e a máxima de R$ 2,15/libra-peso, o que corresponde a uma diferença de 2,87%. “Na primeira quinzena do mês corrente a amplitude das cotações foi de apenas 2,3%”, exemplifica Bento.
Esse comportamento deve-se à postura retraída dos agentes de ambas as pontas do mercado. “As indústrias olham para a paridade de importação e vem espaço para acomodações nos referenciais de preços”, explica. “Isso se justifica pela queda dos preços internacionais e do dólar em relação ao real, que comparados ao mesmo período do mês anterior apresentam retração”, completa.
Pela paridade de exportação, o algodão a R$ 2,07 por libra-peso no interior do Mato Grosso chegaria ao FOB de Santos/SP por volta de R$ 2,24/libra-peso. Com o câmbio do dia 15 de outubro corresponderia a US$ 1,03/libra-peso, ou 22,0% superior à cotação de dezembro/13 na Ice Futures. “Há um mês, essa diferença era de 11,5%, mostrando que o produto nacional está perdendo competitividade internacional”, frisa.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Governador do RS alerta para “maior desastre da história” do estado

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou nesta quarta-feira (1º) que a destruição das chuvas que...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img