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safrasMILHO: pressionado

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de pressão nas cotações devido à valorização do real, ao leilão de Pepro do Mato Grosso para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e à ausência de compradores, que pedem por preços mais baixos. As quedas na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) também ajudam a reduzir os preços. Por outro lado, o vendedor resiste e não quer reduzir os preços.
O prêmio do leilão refere-se à venda e escoamento de 550 mil toneladas do produto em grãos, oriundas da safra 2012/2013 e 2013. Opapel pode ser adquirido pelo produtor rural ou sua cooperativa que estejam sediados no estado. A venda do produto deverá ocorrer até o dia 21 de outubro deste ano, no mínimo, pela diferença entre o preço mínimo estabelecido e o valor do prêmio equalizador de fechamento do leilão, o que deverá ser comprovado por via Notas Fiscais. O Preço Mínimo, livre de tributos e descontos, será de R$ 0,217/kg para o Mato Grosso.
Nesta quinta-feira (19), no porto de Paranaguá, os preços ficaram a R$ 23/24,00. No estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou inalterada, a R$ 19/21,00. Em Goiás, preço a R$ 17/18,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou a R$ 9/13,00.

BOI: alta de preços

Assim como nas semanas anteriores, a oferta de boi gordo ainda é restrita. Essa situação resultou em considerável alta dos preços durante a semana. A previsão de chuvas no Centro-Sul do país pode resultar em aumento da oferta de confinados durante a semana -situação que acabaria amenizando o quadro.
A demanda por exportação segue muito efetiva para a carne bovina. Essa tendência deve perdurar ao menos até o encerramento do ano, segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Com o desempenho cada vez mais positivo das exportações, a expectativa é de uma disponibilidade interna de carne bovina cada vez menor, o que abre espaço para nova alta dos preços, tanto para o boi gordo quanto para a carne bovina.
Os frigoríficos paulistas ainda encontram dificuldade para compor as escalas de abate com boi gordo proveniente do interior do estado. No entanto, essa situação é contornada com a compra de boi gordo nos Estados do Centro-Oeste e também em Minas Gerais, onde a oferta de boi gordo é mais significativa neste momento.
A média semanal de preços (de 16 a 19/09) em São Paulo foi de R$ 107,37. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 102,94. Em Goiás, a arroba foi cotada em R$ 100,66. Em Mato Grosso, preço esteve em R$ 92,33. A média semanal nos cortes de dianteiro ficou em R$ 5,50 e em R$ 8,40 nos cortes de traseiro.

SOJA: otimismo

O diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Nery Ribas, relatou, durante entrevista exclusiva à Agência Safras, que há situações pontuais de falta de sementes de soja no estado. “Temos ouvido comentários de cancelamentos de alguns pedidos, até mesmo que já foram pagos”, relata, acrescentando, porém, que são casos isolados.
Conforme o entrevistado, as sementeiras alegam falta de qualidade do produto. “Dizem que a semente não deu padrão, devido às chuvas no período de colheita”, explica. “E pelo que levantamos, são apenas algumas variedades que estão faltando”, adverte. “Agora, temos que acompanhar qual solução será tomada”, frisa.
Mesmo com este percalço, a perspectiva para o Mato Grosso é de crescimento de 4,9% na área a ser plantada com a oleaginosa na safra 2013/14, segundo dados do IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola. “Deve saltar de 7,89 milhões de hectares em 2012/13 para 8,28 milhões”, relata Ribas. Já a produção deve atingir 25,28 milhões de toneladas na temporada 2013/14.
Os principais motivos para o incremento na área de soja são o preço da commodity e as novas áreas incorporadas de pastagens degradadas no leste do estado. O plantio de pivô já iniciou no Estado. “Somente quem tem irrigação consegue plantar neste período. O restante espera as chuvas, que começam em setembro”, informa o entrevistado. O acesso ao crédito está facilitado na região, segundo Ribas.

ALGODÃO: viés de baixa

O mercado doméstico de algodão em pluma apresenta reduzido volume de negócios e preços em baixa. No CIF de São Paulo, a fibra 41-4 era indicada dia 17 por volta R$ 2,11 por libra-peso, com pagamento em 08 dias, o que representava um recuo de 5,8% em relação ao mesmo momento do mês anterior.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, as cotações seguem buscando um ajuste diante da desvalorização do dólar frente ao real e da queda dos preços internacionais. “Também é possível perceber um comportamento regionalizado”, adverte.
No Centro-Sul do país, o viés para as cotações é de baixa, dada a melhora da oferta no disponível e o deslocamento (para cima) dos preços domésticos em relação à paridade de importação. “No Nordeste existe um suporte aos preços, devido ao recuo da oferta baiana e à boa demanda por parte da indústria da região”, explica Bento.
Com a colheita se aproximando da reta final, o mercado está no momento da temporada em que espera um maior volume de oferta no disponível e, com isso, que os preços busquem a paridade de exportação. De acordo com os números de fechamento da última segunda-feira (16), o algodão a R$ 2,01 por libra-peso no interior do Mato Grosso chegaria ao FOB de Santos/SP por volta de R$ 2,17 por libra-peso. Com o câmbio daquele dia corresponderia a US$ 0,95 por libra-peso, ou 11,7% superior à cotação de outubro/13 na Ice Futures. “Isto sugere que ainda existe espaço para retração”, pondera. “Por outro lado, é preciso considerar que estamos num ano de oferta enxuta”, ressalta o analista. Além disso, os registros de exportação na Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) mostram um bom desempenho.

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