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MILHO: travado
O mercado brasileiro de milho teve uma semana bastante lenta e travada. Conforme o analista de Safras & Mercado, Felipe Netto, a única novidade foi o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do próximo dia 5 de janeiro. O mercado externo ficou preocupado com a situação climática na Argentina, onde há seca, influenciando as cotações da CBOT.
O mercado iniciou a semana calmo, com poucos negócios e preços praticamente estáveis. O comprador e o vendedor encontravam-se pouco ativos, porque ambos estavam com boa parte da comercialização adiantada para este final de ano. Conforme o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, isso é normal nesta época. “As chuvas na região também tranquilizavam quanto ao andamento da safra”, acrescentou o analista.
Nesta quinta-feira, a novidade do dia foi a confirmação do governo de mais um leilão para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste no dia 5 de janeiro. Serão cerca de 267 mil toneladas (t), com lotes destinados ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia. Isso ajudou o mercado a apresentar um baixo volume de negócios, já que os compradores só estão se abastecendo até o final do ano.
Nesta quinta-feira (16), os preços ficaram estáveis. No Paraná, preços ficaram a R$ 24,00 a saca, em Cascavel, no oeste do estado. Já no Rio Grande do Sul, mercado a R$ 26,00 a saca, em Erechim. Em Mato Grosso, preço de R$ 19,00, em Rondonópolis. Em Goiás, indicações em R$ 22,00 a saca, em Rio Verde.

SOJA: lentidão nos negócios

O mercado brasileiro de soja voltou a mostrar lentidão nos negócios nesta semana. Este quadro já vem sendo típico, neste momento de extrema retração dos vendedores e de mercado bastante regionalizado. Os preços oscilaram sem tendência definida, já que os referenciais externos e o dólar fecharam a semana em patamares muito semelhantes aos que iniciaram.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos avançou de R$ 49,00 para R$ 49,50 entre os dias 9 e 16 de dezembro. No mesmo período, a cotação subiu de R$ 47,00 para R$ 47,50 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, o preço baixou de R$ 46,00 para R$ 43,60 – por fatores regionais. Em Chicago, os contratos com vencimento em janeiro subiram de US$ 12,81 para R$ 12,89, enquanto o dólar passou de R$ 1,709 para R$ 1,702.
Safras & Mercado divulgou nesta sexta-feira, dia 17, novo levantamento para a safra do Brasil. A produção de soja do país na temporada 2010/11 deverá totalizar 67,654 milhões de toneladas, recuando 1% na comparação com a safra anterior, que ficou em 68,073 milhões de toneladas. No levantamento anterior, divulgado no dia 22 de outubro, a previsão era de safra de 67,685 milhões de toneladas.
A estimativa de área plantada passou de 23,335 milhões de hectares para 23,924 milhões, com aumento de 3%. Safras trabalha com rendimento médio de 2.828 quilos por hectare, contra os 2.918 quilos obtidos no ano passado.
Principal estado produtor, o Mato Grosso deverá colher 18,750 milhões de toneladas, leve recuo na comparação com as 18,800 milhões de toneladas colhidas no ano passado. O Paraná deverá ter uma safra 3% menor do que a do ano passado, totalizando 13,830 milhões de toneladas – 14,2 milhões no ano passado.

BOI: pequena valorização

O mercado físico brasileiro de boi gordo termina a semana com menor fluxo de negócios, embora a demanda por carne bovina se mantenha forte. Em São Paulo, a arroba fecha a semana cotada a R$ 104,00 de preço médio, livre de Funrural, à vista, contra R$ 103,00 da semana anterior, valorização de 0,97%.
Em Mato Grosso do Sul, preços praticados nessa quinta-feira ficaram em R$ 94/95,00 arroba, livre, a prazo, enquanto em Mato Grosso a arroba foi cotada a R$ 91/92,00 livre, a prazo.
“O ritmo de negócios de mercado físico se mostra lento neste final de ano. A demanda por carnes de maneira geral segue bem aquecida, e com isso a pressão no mercado físico é intensa, mas apesar dessa condição adversa, os frigoríficos seguem reticentes quanto a elevar preços de compra”, comenta Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado.
Conforme Iglesias, também não há redução nos níveis das escalas de abate, com os frigoríficos mostrando situação relativamente confortável apesar da pressão exercida pela demanda neste momento. Explica que o mercado vem apresentando altas pontuais de preços em algumas regiões, mas que os frigoríficos de maior porte optam por diferentes estratégias a fim de atender a demanda por carnes.
No atacado da carne bovina, a semana termina com preços em oscilação. O corte traseiro seguiu firme em R$ 8,90 quilo diante da forte procura por cortes nobres, enquanto o dianteiro experimentou declínio, passando de R$ 4,70 de abertura do período para R$ 4,50 quilo nessa quinta-feira (16).
“A queda de preço do dianteiro é normal levando em consideração que a demanda por este tipo de corte não é tão efetiva nesse período do ano. Já o traseiro tem demanda muito aquecida nesse momento, com possibilidades inclusive de nova alta de preços ao longo da próxima semana”, antecipa.
Nas previsões de Safras, os preços do boi gordo devem terminar 2010 em alta, mas a tendência é que procurem uma acomodação em janeiro, mesmo porque a demanda em janeiro e fevereiro sazonalmente tem outro perfil. A dúvida, no entanto, continuará sendo a oferta. Com gado abaixo do peso ideal sendo abatido neste fechamento de 2010, é possível que não exista uma pressão de venda muito forte no início do ano, principalmente se os preços cederem devido a um ajuste normal das cotações da carne no atacado.
De acordo com os analistas, as boas condições das pastagens devem induzir os pecuaristas a reter o gado nos pastos para ganho de peso, o que pode ser um fator importante de controle da oferta neste início de ano. Por outro lado, poderá ser registrada uma concentração maior de oferta em abril e maio, com gado mais pesado, o que pode levar a uma pressão maior sobre as cotações.

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