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, 9 maio 2024
 
 

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SOJA: Chicago rompe US$ 10,00

A semana foi marcada pela melhora dos preços e pela retomada dos negócios no mercado brasileiro de soja. Animados pelo bom desempenho da Bolsa de Chicago (CBOT), produtores e compradores movimentaram o mercado nas principais praças do país. Para completar o cenário positivo, o dólar comercial apresentou valorização frente ao real.
Em plena colheita e com boa oferta de soja, os produtores foram beneficiados por um pouco esperado movimento de alta na Bolsa de Chicago. Impulsionados por fatores técnicos e alguns pontos fundamentais, os contratos maio, julho e agosto romperam a barreira de US$ 10,00 por bushel na quinta-feira, 22. A posição maio, por exemplo, manteve a trajetória de alta deflagrada na semana passada e teve valorização de 2,03% entre 15 e 22 de maio, passando de US$ 9,84 para US$ 10,04.
O bom momento externo é explicado por três fatores. O primeiro deles é a boa demanda por soja por parte da China. Além disso, há ainda muitas incertezas em relação ao plantio da nova safra americana. Diante destas dúvidas, o mercado está adicionando prêmio de risco. Em relação ao plantio, o fato mais importante neste momento é que o clima tem beneficiado à evolução dos trabalhos com milho. Sem maiores problemas com o cereal, a transferência de área para a soja deve ser menor ou nem mesmo acontecer.
O terceiro motivo de sustentação das commodities, em geral, tem sido os repiques de outros mercados. Com bons indicadores de melhora no desempenho da economia mundial, petróleo, ações e metais têm apresentado bons momentos de recuperação, alternados com realizações de lucros, que agradam fundos e especuladores e respingam nas commodities agrícolas. Entre elas, a soja.
Com este cenário melhor, o produtor brasileiro dá sinais de que está aproveitando estes momentos de alta em Chicago. Até porque o cenário fundamental de médio prazo é negativo, combinando a supersafra sul-americana e os indicativos de aumento de área nos Estados Unidos.
Os preços domésticos acompanharam a sinalização externa e subiram. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 34,50 no dia 15 para R$ 36,00 no dia 22. Em Cascavel (PR), o preço também apresentou elevação, pulando de R$ 33,30 para R$ 35,00. Em Rondonópolis, a cotação passou de R$ 30,00 para R$ 31,50 no período.

ALGODÃO: preço volta a subir

O mercado brasileiro de algodão em pluma fecha a penúltima semana de abril com preços firmes. As vendas estão bem aquecidas, tanto no mercado físico como no futuro (safra 2009/10 e 2010/11). “As exportações da safra 2010/11 estão particularmente movimentadas, como há muito tempo não se via”, ressalta o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai.
Isto tudo decorre das excelentes oportunidades de negócios que estão surgindo para exportação da próxima safra. “Algumas estão especialmente atraentes para as operações de “barter” envolvendo insumos para o plantio da safra 2010/11″, comenta. A recomendação, dadas as circunstancias de mercado atuais, continua sendo no sentido dos produtores aproveitarem bem esta janela. No físico spot, cotações de R$ 1,63 a R$ 1,64 a libra-peso, CIF São Paulo, 8 dias. Na semana passada, valia de R$ 1,61 a R$ 1,62 a libra-peso.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o algodão atingiu o melhor patamar em mais de dois anos, após a índia anunciar a suspensão de novas exportações por tempo indeterminado. Na quinta-feira, influenciado por um movimento de realização de lucros, o contrato maio encerrou em 82,42 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 0,62 centavo de dólar. O contrato julho fechou em 84,82 centavos de dólar por libra-peso, com baixa de 0,33 centavo de dólar.
No dia 19 de abril a Índia anunciou a suspensão de novos registros de exportação para que o preço doméstico arrefeça, informou o governo do país a agencias internacionais. Desde outubro de 2009, a cotação interna já avançou mais de 25%, o que estaria prejudicando a indústria têxtil local. O país é o segundo maior exportador mundial do produto.

CARNE: preço recua

A semana mais curta decorrente do feriado de quarta-feira (21), de Dia de Tiradentes, deixou o mercado brasileiro de boi gordo com poucos negócios e preços estáveis a mais baixos. No atacado da carne, o feriado, combinado com a demanda mais fraca de proximidade de final de mês fez o preço recuar na comparação com a semana passada.
Em São Paulo, preços praticados na arroba nessa quinta-feira (22), oscilaram entre R$ 79/82,00 arroba, livre de Funrural, a prazo, contra R$ 80/83,00 da semana anterior. Também houve indicação a até R$ 81,00 arroba, livre, à vista, contra R$ 82,00 da semana passada. Em Mato Grosso do Sul, preços seguiram inalterados em R$ 78/80 arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso, preços ficaram entre R$ 68/74,00 arroba, sem alteração na comparação com a última semana.
Considerando os 12 estados pesquisados por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 76,43 de média, livre de Funrural, a prazo, contra R$  76,81 de média da última semana (16/04).
O atacado da carne, por sua vez, teve mais uma semana de preços em declínio. Os cortes casados de traseiro e dianteiro foram negociados a R$ 6,00 x 4,00 contra patamares de R$ 6,30 x 4,20 da semana anterior.
Mesmo com recuo de preço, a carne bovina está entre os produtos agropecuários com maiores altas de preço em São Paulo na 2a. quadrissemana de abril, avaliou o Instituto de Economia Agrícola (IEA). A arroba do boi gordo no estado atingiu R$ 78,26 no período, contra R$ 74,17 de igual período de março, alta de 5,52%.
“O mercado da carne apresenta aceleração dos novos contratos de exportação exatamente no momento em que os pastos sofrem os primeiros efeitos do outono”, explica o IEA. Apesar da alta, o Instituto ressalta que os preços recebidos pelos pecuaristas ainda estão baixos em relação aos custos de produção.

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