24.9 C
Rondonópolis
, 9 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

SOJA: preços sobem

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de negócios apenas moderados, com maior movimentação nos portos de Paranaguá e Santos, nos períodos de repique da Bolsa de Chicago ou de valorização do dólar frente ao real. Os preços apresentaram poucas oscilações e as atenções estiveram voltadas para os relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em Chicago, os contratos com vencimento em maio tiveram pequena valorização entre os dias 1 e 8 de abril, passando de US$ 9,42 o bushel para US$ 9,46. O dólar comercial subiu de R$ 1,769 para R$ 1,777 no período. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 33,50 para R$ 34,00. Em Cascavel, o preço passou de R$ 31,70 para R$ 32,00. Em Rondonópolis, a cotação subiu de R$ 28,30 para R$ 29,80.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na sexta o relatório de abril para oferta e demanda mundial e norte-americana de soja. O USDA manteve inalteradas as estimativas para estoques finais, produção e esmagamento dos Estados Unidos, elevando a projeção para as exportações. Para 2009/10, a previsão do USDA é de uma safra de 3,359 bilhões de bushels, ou 91,41 milhões de toneladas. A produtividade foi mantida em 44 bushels por acre.
No início da semana, o Ministério da Agricultura da Argentina também revisou a sua previsão de safra, agora estimada em 55 milhões de toneladas. Anteriormente, a previsão oficial oscilava entre 51 milhões e 55 milhões de toneladas.

MILHO: comercialização lenta

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de negociação lenta, com influência apenas do clima em algumas localidades. Por exemplo, em São Paulo, as chuvas pararam, e a colheita foi retomada, fazendo com que houvesse mais ofertas na localidade, e os preços baixassem. Já no Rio Grande do Sul, os valores caminharam de forma ascendente, com o foco nos trabalhos da soja e, portanto, com menos ofertas disponíveis. Fora isso, os preços ficaram estáveis no restante das praças.
Na próxima quinta-feira, 15, a Conab deverá realizar mais um leilão de PEP para 140 mil toneladas de milho depositadas na Bahia, destinadas ao abastecimento das regiões Norte, Nordeste, Espírito Santo e Norte de Minas Gerais, informou fonte do governo.
No entanto, os pregões destinados a escoar o milho de Mato Grosso, estado que detêm a maior oferta do cereal, correm o risco de não serem retomados nem mesmo em abril, pela dificuldade dos ministérios da Agricultura e da Fazenda se entenderem em relação a portaria interministerial que viabilizará a retomada das ofertas públicas.
O presidente da Comissão de Cereais e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, que reuniu-se nesta quinta-feira à tarde com o ministro da Agricultura e Pecuária, Wagner Rossi, mostrou-se pessimista quanto a retomada ainda em abril dos leilões destinados ao Mato Grosso. Apelou para a necessidade da adoção de uma solução urgente para o impasse criado na questão, citando alternativas como a remoção para outras regiões do país ou a exportação. Segundo Schreiner os estoques oficiais no estado chegam a 3 milhões de toneladas.
Ontem, no oeste do Paraná, os preços ficaram a R$ 15/16,00, em Cascavel. No Rio Grande do Sul, mercado mais alto, a R$ 16,50/17,00, em Erechim. Em Campinas, mercado desvalorizado, a R$ 17,50/18,00 CIF de ontem. Em Minas Gerais, preços a R$ 14,50/15,50, em Uberlândia. Em Mato Grosso, mercado a R$ 8/11,00, em Rondonópolis. Em Goiás, preços em R$ 13/14,00.

CARNE: alta no atacado

Os primeiros oito dias de abril foram de continuidade de preços altos no mercado físico brasileiro de boi gordo. Pressionados pela pouca oferta, frigoríficos tiveram que pagar mais pelo boi, sobretudo em praças de peso na comercialização como São Paulo e Mato Grosso do Sul, com um volume melhor de oferta e de negócios ocorrendo somente a partir dessa quinta-feira (08).
Em São Paulo, preços praticados na arroba ficaram em R$ 82,00, livre de Funrural, a prazo, contra R$ 80/81,00 de fechamento de março. Também houve indicação de preço a R$ 80,00 arroba, livre, à vista. Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi cotada a R$ 80 livre, a prazo, contra patamares de R$ 75/78,00 do final de março. Em Goiás, o mercado indicou R$ 79/80,00 arroba, livre, a prazo, contra R$ 77,00 da semana anterior. Em Mato Grosso, a arroba é cotada a R$ 69/75,00 contra R$ 68/74,00 de 01 de abril.
Considerando os 12 estados pesquisados por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 77,31 de média nessa quinta-feira (08), livre de Funrural, a prazo, contra R$ 75,98 do final de março (31) e R$ 72,33 do final de fevereiro.
“A semana foi de preços mais altos e com isso, alguma oferta apareceu, principalmente em Mato Grosso do Sul e em Goiás, elevando as escalas de abate para a próxima semana”, comenta Paulo Molinari, analista de SAFRAS & Mercado.
De acordo com o analista de Safras, a próxima semana deverá ser de estabilidade de preços e de alguma contenção das altas devido às escalas melhores de abate.     Frigoríficos de Lins e de Barretos, no interior paulista, que durante toda a semana vinham trabalhando com escalas de abate para nove dias no máximo, relataram pequena melhora nas posições nessa quinta-feira. O Minerva, de Barretos, confirmou escalas para 11 dias, agora até 19 de abril, enquanto o Bertin, de Lins, tem escala fechada para 15 de abril.
O atacado da carne bovina, por sua vez, foi o destaque na semana. Preços praticados em São Paulo para os cortes casados de traseiro e dianteiro atingiram R$ 6,35 x 4,25, patamares recordes para março, contra R$ 6,30 x 4,10 da semana anterior.
“A forte procura por boi gordo, combinada com as escalas curtas da semana passada e o enxugamento do varejo devido à demanda de Páscoa fez o atacado reagir”, comenta Molinari.

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »

1 COMENTÁRIO

  1. Se o produtor recebe em média R$5,00 p/kg do boi vivo, por quê os açougues e supermercados vendem a carne de primeira entre R$ 11,00 e R$20,00 , praticamente triplicando o preço ao consumidor? Cadê fiscalização? Isso é comércio ou excesso de ganância?

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Pesquisas eleitorais: quase metade é financiada com recursos próprios

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) verificou que...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img