Oferta de fêmeas surgindo no mercado, volatilidade da arroba e custos com aquisição de animais diminuindo: esses são os principais tópicos aguardados para 2022, segundo perspectiva divulgada nesta semana pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo a avaliação, de modo geral, diante da alta volatilidade nos preços em 2021, uma lição que ficou para o pecuarista mato-grossense para o próximo ano foi: buscar uma ferramenta de travamento dos preços é uma necessidade primordial (principalmente para aqueles que realizam o confinamento e possuem o seu gado com “data de validade fixa”).
E é nessa linha, segundo o Imea, que se espera 2022. Apesar das expectativas de menores variações nas cotações do boi gordo ante o cenário observado em 2021, ainda sim fatores externos, como o retorno das compras chinesas após 103 dias de embargo, podem movimentar bastante o mercado. Além disso, é esperado um leve acréscimo na oferta de fêmeas ao abate, o que pode indicar um início de inversão de ciclo para a pecuária, assim como os preços do bezerro tendem a ser pressionados, já que são dois anos de retenção de matrizes no estado de Mato Grosso.
Vale lembrar que em 2021, pautado na menor oferta de animais e elevada demanda externa durante o ano, o boi gordo à vista aumentou as cotações em 44,70% ante a 2020.