25.7 C
Rondonópolis
, 20 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

SOJA: Chicago rompe US$ 10,00

A semana foi marcada pela melhora dos preços e pela retomada dos negócios no mercado brasileiro de soja. Animados pelo bom desempenho da Bolsa de Chicago (CBOT), produtores e compradores movimentaram o mercado nas principais praças do país. Para completar o cenário positivo, o dólar comercial apresentou valorização frente ao real.
Em plena colheita e com boa oferta de soja, os produtores foram beneficiados por um pouco esperado movimento de alta na Bolsa de Chicago. Impulsionados por fatores técnicos e alguns pontos fundamentais, os contratos maio, julho e agosto romperam a barreira de US$ 10,00 por bushel na quinta-feira, 22. A posição maio, por exemplo, manteve a trajetória de alta deflagrada na semana passada e teve valorização de 2,03% entre 15 e 22 de maio, passando de US$ 9,84 para US$ 10,04.
O bom momento externo é explicado por três fatores. O primeiro deles é a boa demanda por soja por parte da China. Além disso, há ainda muitas incertezas em relação ao plantio da nova safra americana. Diante destas dúvidas, o mercado está adicionando prêmio de risco. Em relação ao plantio, o fato mais importante neste momento é que o clima tem beneficiado à evolução dos trabalhos com milho. Sem maiores problemas com o cereal, a transferência de área para a soja deve ser menor ou nem mesmo acontecer.
O terceiro motivo de sustentação das commodities, em geral, tem sido os repiques de outros mercados. Com bons indicadores de melhora no desempenho da economia mundial, petróleo, ações e metais têm apresentado bons momentos de recuperação, alternados com realizações de lucros, que agradam fundos e especuladores e respingam nas commodities agrícolas. Entre elas, a soja.
Com este cenário melhor, o produtor brasileiro dá sinais de que está aproveitando estes momentos de alta em Chicago. Até porque o cenário fundamental de médio prazo é negativo, combinando a supersafra sul-americana e os indicativos de aumento de área nos Estados Unidos.
Os preços domésticos acompanharam a sinalização externa e subiram. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 34,50 no dia 15 para R$ 36,00 no dia 22. Em Cascavel (PR), o preço também apresentou elevação, pulando de R$ 33,30 para R$ 35,00. Em Rondonópolis, a cotação passou de R$ 30,00 para R$ 31,50 no período.

ALGODÃO: preço volta a subir

O mercado brasileiro de algodão em pluma fecha a penúltima semana de abril com preços firmes. As vendas estão bem aquecidas, tanto no mercado físico como no futuro (safra 2009/10 e 2010/11). “As exportações da safra 2010/11 estão particularmente movimentadas, como há muito tempo não se via”, ressalta o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai.
Isto tudo decorre das excelentes oportunidades de negócios que estão surgindo para exportação da próxima safra. “Algumas estão especialmente atraentes para as operações de “barter” envolvendo insumos para o plantio da safra 2010/11″, comenta. A recomendação, dadas as circunstancias de mercado atuais, continua sendo no sentido dos produtores aproveitarem bem esta janela. No físico spot, cotações de R$ 1,63 a R$ 1,64 a libra-peso, CIF São Paulo, 8 dias. Na semana passada, valia de R$ 1,61 a R$ 1,62 a libra-peso.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o algodão atingiu o melhor patamar em mais de dois anos, após a índia anunciar a suspensão de novas exportações por tempo indeterminado. Na quinta-feira, influenciado por um movimento de realização de lucros, o contrato maio encerrou em 82,42 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 0,62 centavo de dólar. O contrato julho fechou em 84,82 centavos de dólar por libra-peso, com baixa de 0,33 centavo de dólar.
No dia 19 de abril a Índia anunciou a suspensão de novos registros de exportação para que o preço doméstico arrefeça, informou o governo do país a agencias internacionais. Desde outubro de 2009, a cotação interna já avançou mais de 25%, o que estaria prejudicando a indústria têxtil local. O país é o segundo maior exportador mundial do produto.

CARNE: preço recua

A semana mais curta decorrente do feriado de quarta-feira (21), de Dia de Tiradentes, deixou o mercado brasileiro de boi gordo com poucos negócios e preços estáveis a mais baixos. No atacado da carne, o feriado, combinado com a demanda mais fraca de proximidade de final de mês fez o preço recuar na comparação com a semana passada.
Em São Paulo, preços praticados na arroba nessa quinta-feira (22), oscilaram entre R$ 79/82,00 arroba, livre de Funrural, a prazo, contra R$ 80/83,00 da semana anterior. Também houve indicação a até R$ 81,00 arroba, livre, à vista, contra R$ 82,00 da semana passada. Em Mato Grosso do Sul, preços seguiram inalterados em R$ 78/80 arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso, preços ficaram entre R$ 68/74,00 arroba, sem alteração na comparação com a última semana.
Considerando os 12 estados pesquisados por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 76,43 de média, livre de Funrural, a prazo, contra R$  76,81 de média da última semana (16/04).
O atacado da carne, por sua vez, teve mais uma semana de preços em declínio. Os cortes casados de traseiro e dianteiro foram negociados a R$ 6,00 x 4,00 contra patamares de R$ 6,30 x 4,20 da semana anterior.
Mesmo com recuo de preço, a carne bovina está entre os produtos agropecuários com maiores altas de preço em São Paulo na 2a. quadrissemana de abril, avaliou o Instituto de Economia Agrícola (IEA). A arroba do boi gordo no estado atingiu R$ 78,26 no período, contra R$ 74,17 de igual período de março, alta de 5,52%.
“O mercado da carne apresenta aceleração dos novos contratos de exportação exatamente no momento em que os pastos sofrem os primeiros efeitos do outono”, explica o IEA. Apesar da alta, o Instituto ressalta que os preços recebidos pelos pecuaristas ainda estão baixos em relação aos custos de produção.

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Mais de 38,6 mil estudantes da Rede Estadual podem participar do Enem 2024

Mais de 36,8 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso, que estão concluindo o Ensino Médio...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img