Cidade cresce rumo ao Sagrada Família

Dez anos atrás o mato e os grandes espaços vazios predominavam na região do Residencial Sagrada Família e adjacências. Os lotes eram vendidos a “preços de banana” e os investimentos eram raros. Atualmente, o multiplicar das construções, dos residenciais e dos condomínios horizontais em Rondonópolis segue, em grande parte, rumo a essa região da cidade. O crescimento da região tem avançado ainda rumo à MT-270, até a Vila Paulista, com novos loteamentos e residenciais populares.
O delegado municipal do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), o corretor de imóveis João Batista da Silva, explica que a região do Sagrada Família contou com um conjunto de fatores que lhe favoreceram, a exemplo da topografia plana, da proximidade com bairros nobres como a Vila Aurora, e da disponibilidade de terrenos com valores ainda atrativos se comparados com outras regiões da cidade. Ele argumenta que todo o processo de valorização dessa região teve como pontapé inicial a instalação do shopping center, há cerca de 11 anos. “O shopping foi decisivo para esse processo”, avalia.
O loteamento conhecido como Sagrada Família ocupa um dos maiores espaços no perímetro urbano de Rondonópolis. Na verdade, não é somente o Sagrada Família, de forma isolada, que sofre a maior expansão imobiliária, mas, sim, as áreas no seu entorno, com o recebimento de residenciais e empreendimentos que atendem desde as classes mais populares até as classes mais altas de Rondonópolis. Dessa forma, o Sagrada Família vem passando a ser conhecido como uma grande região da cidade, com vários bairros e condomínios surgindo na sua influência. Trata-se de uma área que tem como principais artérias viárias a rodovia MT-270 e a Avenida Governador Júlio Campos.
Para o corretor João Batista, o recebimento de vários investimentos tem favorecido cada vez mais a região do Sagrada Família. Ele observa que a atração de investimentos chama a atenção dos construtores e investidores, gerando a valorização dos imóveis. Batista recorda que antes dessa valorização era comum algumas pessoas com 02 a 03 anos de atraso de IPTU passarem o imóvel em troca da quitação da dívida. Atualmente, calcula que terrenos mais próximos à Avenida Júlio Campos, com cerca de 400 m², possam valer R$ 80 mil. Caso o terreno tenha localização estratégica, com potencial comercial, pode chegar a R$ 600,00 o m².
A procura e valorização dessa região tem feito, inclusive, haver procura para formação de loteamento nas chácaras vizinhas. João Batista acredita que, em uma análise bem tranquila, toda a região entre o fundo do Sesc, na Colina Verde, até as proximidade do Rio Vermelho, na região da Gleba Dom Bosco, vai estar toda habitada entre 10 e 15 anos. Ele observa ainda que, mesmo a população mais humilde da cidade, com a melhora na qualidade de vida, também tem procurado melhorar a moradia, o que acaba beneficiando essa região. O Sagrada Família, por exemplo, é uma das áreas da cidade que mais tem residências pelo “Programa Minha Casa Minha Vida”.