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BC: aumenta procura dos correntistas para renegociar dívidas com os bancos – 13h36′

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O desemprego e as taxas de juros mais caras levam ao aumento da renegociação de empréstimos nos bancos. Em agosto, o saldo dessas renegociações chegou a R$ 24,435 bilhões, com crescimento de 1,6% no mês e 10,9%, em 12 meses, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (23).

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, no cenário econômico atual “é natural que as pessoas procurem esse tipo de alternativa”. A taxa do crédito renegociado, 44,9% ao ano em agosto, é mais baixa que a média (61,2% ao ano) dos juros cobrados nos empréstimos a pessoas físicas e os prazos de pagamento costumam ser maiores. A renegociação pode ser uma alternativa para sair do rotativo do cartão do crédito ou do cheque especial, com taxas de juros muito altas: 403,5% ao ano e 253,2% ao ano, respectivamente.

Entretanto, as tentativas de controlar as dívidas nem sempre dão certo. A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) dessa modalidade, 16,2%, é bem maior que a média (5,5%). “As pessoas procuram alternativas, tentam regularizar os seus pagamentos, mas nem sempre conseguem”, disse Maciel.

De acordo com os dados do BC, em agosto, também cresceu o saldo do rotativo do cartão de crédito (1,3%), do empréstimo consignado (0,7%) e do crédito pessoal (0,7%). Outras modalidades tiveram queda: compra de veículos (1,3%), aquisição de bens (1%) e arrendamento mercantil (3,4%). O saldo do cheque especial ficou estável no mês. Essas modalidades são do crédito com recursos livres, em que os bancos têm autonomia para para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) para pessoas físicas, o destaque é o crédito imobiliário, com saldo de R$ 481,967 bilhões, em agosto. No mês, o crescimento ficou em 1,1% e em 12 meses, em 20,8%. Segundo Maciel, há uma moderação no crescimento do crédito imobiliário, em momento de elevação das taxas de juros.

Maciel disse ainda que as empresas também estão tomando menos empréstimos, devido à retração da atividade econômica. “O capital de giro, principal modalidade de empréstimo às empresas com recursos livres, teve redução 0,8% no mês e em 12 meses, de 1,2%”, destacou.

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