Cerca de 24 mil cubanos chegaram aos Estados Unidos através da fronteira com o México e pelo porto e pelo aeroporto de Miami nos primeiros oito meses do ano fiscal iniciado em outubro, mais do que os 22.162 que chegaram durante todo o ano fiscal anterior, informou o Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras nesta quinta-feira à Agência Efe.
O aumento da chegada de imigrantes cubanos aconteceu no meio do processo de degelo entre Cuba e EUA iniciado em dezembro.
Segundo o Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras (CPB), entre 1º de outubro de 2014 a 31 de maio de 2015 chegaram 23.978 cubanos através das áreas de El Paso e Laredo (Texas), Tucson (Arizona), San Diego (Califórnia) e Miami (Flórida), neste último principalmente pelo porto e aeroporto da cidade.
Durante o ano fiscal de 2014 (de outubro de 2013 a setembro de 2014) chegaram 22.162 cubanos, 17.459 pela fronteira com o México e 4.703 por Miami.
A mesma tendência foi percebida no fluxo de cubanos que tentam chegar aos EUA por via marítima, segundo a Guarda Costeira.
De outubro de 2014 a maio de 2015 chegaram 3.564 cubanos pelo mar, enquanto em todo o ano fiscal anterior foram 3.677.
A Guarda Costeira precisou que os números incluem “os interceptados pela Guarda Costeira no estreito da Flórida, no Caribe e no oceano Atlântico, e os relatórios de outras agências estrangeiras, como as de Cuba, sobre tentativas frustradas e dos que tocaram solo americano”.
Estes últimos são protegidos pela Lei de Ajuste Cubano de 1966 e pela política americana de “pés secos/pés molhados” que estabelece que os cubanos que chegam ao solo americano podem ficar, enquanto os interceptados no mar, mesmo que a poucos metros da margem, devem ser devolvidos a Cuba.