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, 14 maio 2024
 
 

Manifestantes no Leste da Ucrânia tomam prédios e pedem ajuda à Rússia – 13h10′

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KIEV – Um soldado russo matou a tiros um oficial da Marinha ucraniana na Crimeia, nesta segunda-feira, a segunda morte desde que a Rússia tomou o controle da península no Mar Negro, no mês passado. Enquanto a tensão aumenta, manifestantes pró-Moscou no Leste da Ucrânia apreenderam armas em uma cidade e declararam uma república separatista em outra, ações que Kiev descreveu nesta segunda-feira como parte de um plano orquestrado pela Rússia para justificar uma invasão e desmembrar o país. No total, cinco edifícios do governo foram invadidos no domingo em Donetsk, Kharkiv e Lugansk.

Após as ocupações, o governo ucraniano disse que a tomada de edifícios públicos em três cidades, a maioria centros industriais de língua russa, é uma repetição dos eventos na Crimeia.

– Um plano antiucraniano está sendo colocado em operação, segundo o qual tropas estrangeiras vão atravessar a fronteira e ocupar territórios do país – disse o primeiro-ministro Arseny Yatseniuk em declarações públicas para seu gabinete. – Nós não vamos permitir isso.

Pouco depois, em um discurso televisionado, o presidente interino, Oleksander Turchinov, disse que Moscou estava tentando reproduzir “o cenário da Crimeia”. E que “medidas antiterroristas” serão tomadas contra aqueles que pegarem em armas. Washington, por sua vez, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, para que deixasse de “desestabilizar” a Ucrânia e manifestou sua “preocupação com a escalada da tensão no país pela crescente pressão russa”.

– Estamos prontos para aprovar novas sanções contra a economia russa – declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Acusado de orquestrar uma “desordem separatista”, o governo de Putin reagiu.

“Parem de colocar a culpa de todos os problemas da Ucrânia de hoje sobre Moscou”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado. “Se o tratamento irresponsável de um país, de uma nação pelas forças políticas que se autodenominam como autoridades continuar, a Ucrânia terá, inevitavelmente, que enfrentar novos problemas e crises.

Em Donetsk, reduto do presidente deposto apoiado por Moscou, Viktor Yanukovich , cerca de 120 ativistas pró-Rússia ocuparam a Câmara da assembleia regional. Um representante da oposição pediu ajuda ao governo russo para “resistir à junta que governa Kiev”, em referência ao governo provisório pró-ocidental que, após três meses de manifestações de rua, derrubou Yanukovich. Mais de 2 mil ativistas pró-russos participaram de um ato perto da sede da administração da província, cercada por mais de 200 policiais.

Os manifestantes agitavam bandeiras russas e exibiam cartazes com lemas como “Donetsk, cidade russa” e “Queremos um referendo”. Ao menos 150 pessoas invadiram o prédio e ergueram barricadas para se proteger, enquanto exigiam a realização de uma sessão extraordinária da Câmara local para convocar um referendo, sob a ameaça de designar seu próprio “conselho do povo”. Eles retiraram a bandeira ucraniana do prédio e hastearam em seu lugar uma bandeira russa.

Um homem não identificado leu “o ato da proclamação de um estado independente, a República do Povo de Donetsk”. Ativistas reproduziram o texto mais tarde para uma multidão de cerca de mil pessoas fora do prédio.

– Proclamo a criação do Estado soberano da República Popular de Donetsk – disse o porta-voz. – No caso de uma ação agressiva das autoridades ilegítimas de Kiev, vamos apelar para a Federação Russa trazer um contingente de paz.

Em Kharhiv, manifestantes também invadiram a sede da administração regional e repetiram o ato simbólico que marca a tomada de prédios públicos. Dezenas de manifestantes entraram no prédio quando as forças de segurança abandonaram o local. Outra grande mobilização aconteceu em Lugansk, onde um grande número de pessoas se reuniu diante de um edifício dos serviços de segurança ucranianos (SBU) depois de um ato pró-russo.

Premier acusa Rússia de querer desmembrar a Ucrânia

Na manhã de segunda-feira, a polícia informou que havia retirado os manifestantes do prédio em Kharkiv, mas que em Luhansk, os manifestantes haviam apreendido armas. Eles também obrigaram as autoridades a colocar em liberdade seis presos por participar dos protestos anteriormente. Nove pessoas ficaram feridas nos distúrbios.

Diferentemente da Crimeia, onde os russos étnicos formam uma maioria, no Leste e Sul do país quase todos são ucranianos, mas falam o russo como primeira língua. Empresários influentes em regiões orientais estão apoiando o governo em Kiev, e os conflitos vão testar sua capacidade de exercer o controle.

Mais cedo, o premier ucraniano acusou a Rússia de estar por trás dos protestos e ocupações de prédios do governo nas últimas horas, a fim de desmembrar o país.

– Há um plano para desestabilizar a situação, um plano para que as forças estrangeiras cruzem a fronteira e tomem o território do país, mas não vamos permitir. O roteiro é escrito pela Federação Russa e seu único objetivo é desmembrar a Ucrânia – disse Yatseniuk durante uma reunião de seu governo.

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