Os vereadores se reuniram na Câmara Municipal com a secretária Municipal de Saúde Marildes Ferreira, com representantes da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis e do Hospital Paulo de Tarso para buscar soluções contra o corte de 45% do Governo do Estado na área de saúde de Rondonópolis. Os participantes resolveram se mobilizar e buscar apoio dos demais municípios da região Sudeste de Mato Grosso para tentar negociar com o Governo. Uma grande reunião com as lideranças de toda a região está marca para a próxima sexta-feira (3) na Câmara Municipal, a partir das 9 horas.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Mauro Campos (PT), o corte de 45% na saúde irá afetar diretamente os serviços prestados à população de Rondonópolis, assim como dos demais municípios da região, que têm na cidade o polo da saúde de média e alta complexidade. “É lamentável o que vem ocorrendo. Primeiro, o Governo mente que fez os repasses para a Santa Casa e para o Hospital Regional, depois vem o corte já retroativo aos meses de janeiro, fevereiro e março”, afirmou.
Para Mauro Campos, a decisão do Governo do Estado pode ter contornos políticos, já que cidades do norte do Estado como, por exemplo Sorriso, não foram afetadas com cortes. “Se Rondonópolis foi afetada e Sorriso não, podemos começar a pensar que a decisão pode ser política e não meramente orçamentária”, ressaltou.
Campos lembrou que será fundamental que a mobilização envolva os demais municípios da região, que trazem seus pacientes para serem atendidos em Rondonópolis. Para isso, o presidente da Câmara, vereador Ibrahim Zaher (PSD), ficou com a incumbência de convocar os vereadores das Câmaras Municipais dessas cidades e os deputados estaduais e federais para participarem da grande reunião.
Já o prefeito Percival Muniz (PPS) será o responsável por convocar os demais prefeitos da região para a mobilização e a secretária Municipal de Saúde, Marildes Ferreira, irá convidar os secretários de saúde das cidades que compõem a região.
O vereador reforçou ainda que a mobilização deve ser de todos os municípios da região, pois todos utilizam a média e alta complexidade em Rondonópolis. Caso não haja essa mobilização, esses municípios podem até deixar de ser atendidos em Rondonópolis diante do quadro preocupante.
Com o corte nos repasses do Estado, tanto a Santa Casa como o Hospital Paulo de Tarso devem reduzir os atendimentos, já que não têm meios de fazê-los. Conforme Campos, com o fechamento do Adauto Botelho em Cuiabá, o Hospital Paulo de Tarso, único no Estado que atende pacientes psiquiátricos, está recebendo pacientes de todo o Mato Grosso e com a redução dos repasses pode até ter que fechar as portas.
